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Repsold nega superfaturamento de 1.800% em obras de gasoduto

Em depoimento, o diretor de Gás e Energia da estatal disse que não houve superfaturamento de 1800% no trecho 3 do Gasoduto Gasene


	O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior: relatório do TCU apontou superfaturamento em componentes da obra
 (Marcelo Camargo/ABr)

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior: relatório do TCU apontou superfaturamento em componentes da obra (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 20h24.

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior, negou hoje (7), durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que tenha havido superfaturamento de 1800% no trecho 3 do Gasoduto Gasene, de acordo com auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). 

Repsold foi convidado para falar sobre a construção do gasoduto, com extensão de 1.387 km, que interliga os sistemas das regiões Sudeste e Nordeste. 

O relatório do TCU apontou superfaturamento em componentes da obra, lançando suspeitas sobre a empresa Transportadora Gasene S.A. constituída para construção do gasoduto. Segundo Repsold, foi constatado superfaturamento de 1.800% na compra de uma manta geotérmica de R$ 30 mil. “Ou seja, houve superfaturamento de R$ 30 mil em um projeto de mais de R$ 6 bilhões”, disse.

O diretor da estatal , que assumiu o cargo em janeiro, defendeu a criação da Transportadora Gasene e garantiu que ela não é de fachada. Hugo Repsold também defendeu o projeto de construção do gasoduto.

“Ele é fundamental para interligar os sistemas do Sudeste e do Nordeste”.

Repsold revelou aos integrantes da CPI que ficou surpreso com denúncias de irregularidades na Petrobras e com as notícias de pagamento de propinas a diretores e funcionários da estatal por parte de empresas contratadas. A colocação do diretor irritou os deputados da comissão. “Nunca tive notícias de irregularidade e fui surpreendido”, acrescentou.

No início da reunião, houve questionamentos sobre mudança da data do depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari. Inicialmente previsto para dia 23 deste mês, foi alterado para quinta-feira (9) na última reunião da CPI, quando os trabalhos foram presididos pelo vice-presidente, Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

O relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que já havia combinado o depoimento para o dia 23, mas o presidente, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), manteve para esta semana. “Não tenho como contrariar decisão do presidente em exercício. Portanto, o depoimento está mantido para quinta-feira”, acrescentou Motta.

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