CÁRMEN LÚCIA: a presidente do Supremo Tribunal Federal homologou as 77 delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht / Antonio Cruz/Agência Brasil
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2016 às 17h38.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.
Um dia depois da polêmica troca de críticas entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, surgiu nesta quarta-feira a notícia de que a ministra havia marcado no dia 21 a data para um julgamento que pode impactar diretamente o senador.
No dia 3 de novembro, o plenário do STF deve decidir se os réus de alguma ação na Justiça podem fazer parte da linha sucessória presidencial. A ação interessa Renan, que assumiria a Presidência numa eventual ausência de Michel Temer e Rodrigo Maia — que comanda a Câmara —, e responde a 12 inquéritos no Supremo, mas ainda não é réu em nenhum deles.
Um dos inquéritos que envolve Renan foi liberado para a votação no plenário pelo relator, ministro Edson Fachin, no início deste mês. O processo trata da propina paga pela empreiteira Mendes Júnior para Renan em forma de pensão alimentícia de uma filha do senador com a jornalista Monica Veloso.
A ação que será votada no dia 3 foi impetrada pela Rede Sustentabilidade no final de abril com a intenção de retirar, na época, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha da linha sucessória. O STF não chegou a se posicionar sobre o assunto e acabou afastando Cunha do mandato pelo uso do cargo para fazer pressão em outros parlamentares.