Renan minimiza problemas com Cunha
Segundo presidente do Senado, na próxima segunda será apresentado um cronograma detalhado com as propostas consensuais da Agenda Brasil
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 16h59.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) minimizou os problemas de relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ampliados a partir da apresentação na segunda-feira (10) da chamada Agenda Brasil.
Segundo Renan, as instituições devem ficar em primeiro lugar.
"Evidente que pode haver diferença pessoal entre os presidentes da Câmara e do Senado. O que não pode haver e não haverá e o Brasil não permite é a diferença das instituições. Conflito entre Câmara e Senado não devia existir", afirmou o presidente do Senado, destacando que as diferenças pessoais fazem parte do processo democrático.
Segundo Renan Calheiros, na segunda-feira (17) será apresentado um cronograma detalhado com as propostas consensuais da Agenda Brasil e em condições de ser pautadas.
"O Brasil não cabe mais no seu PIB e a cada momento - como se isso não estivesse sendo levado em consideração - compatibilizamos mais despesas. Isso significa mais crise econômica, mais dificuldade na política."
Sobre o último projeto do ajuste fiscal pendente na pauta do Senado, o PLC 57/15, o presidente do Senado disse que a votação ocorrerá no dia (18).
A proposta, que estava com votação prevista para hoje, redefine a política de desoneração da folha de pagamento e aumenta as alíquotas sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia.
"Não há consenso ainda, mas estamos trabalhando", afirmou, acrescentando que a Câmara excluiu cinco setores da proposta, que precisa ser analisada pelo Senado.
Líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE) informou que a dificuldade de acordo surgiu porque, segundo ele, o critério para a exclusão poderia ter sido diferente.
"Um critério que fosse linear e beneficiasse a todos os setores e não só a alguns como a Câmara entendeu."
Eunício explicou que só fará mudanças de mérito no texto se houver acordo com a Câmara. “Se não houver negociação, não farei mudança de mérito."
Ele lembrou que, caso haja mudanças de mérito, o texto volta à Câmara e a tendência é que os deputados, que têm a última palavra, mantenham a proposta que aprovaram originalmente.
Para o líder do PMDB, se não for uma posição negociada, "o melhor é tirar essa matéria daqui, aprová-la e entregar para o governo a oportunidade de fechar o ajuste fiscal, sair dessa agenda e ir para uma agenda positiva para o Brasil.”
Apesar do impasse em torno da proposta, Renan e Eunício afirmaram que têm pressa em votar o projeto da reoneração das empresas para destravar a pauta do Senado e avançar em outras propostas. A intenção é votar o projeto na terça-feira (18).
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que, se houver qualquer mudança no mérito do projeto, a Casa exigirá que o texto passe novamente pelos deputados, como previsto nas tramitações legislativas.
Segundo ele, qualquer alteração feita pelo Senado precisa ser votada pelos deputados. “Acredito que qualquer alteração que vise a melhorar terá apoiamento da Câmara. Se for para piorar, não terá apoio da Câmara. Depende do conteúdo da alteração."
Para Eduardo Cunha, o Senado tem todo o direito de modificar o que quiser, "mas a Câmara tem de votar o que o Senado alterar”, afirmou.
Cunha destacou que, caso os senadores alterem o texto da Câmara, tratando, em conjunto, as novas regras, os deputados precisam decidir se acatam ou não a mudança.
“O que não concordamos é ter emenda de mérito como se fosse de redação. Se a forma que saiu da Câmara foi de um jeito e o Senado alterar, estará alterando o mérito. O relator na Câmara [Leonardo Picciani (PMDB-RJ)] definiu que quer a apreciação em conjunto. Se for separado, tem impacto sim e então o governo ou veta tudo ou não veta nada. Obviamente que a Câmara não aceitará uma separação como emenda de redação, porque isto é emenda de mérito.”
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) minimizou os problemas de relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ampliados a partir da apresentação na segunda-feira (10) da chamada Agenda Brasil.
Segundo Renan, as instituições devem ficar em primeiro lugar.
"Evidente que pode haver diferença pessoal entre os presidentes da Câmara e do Senado. O que não pode haver e não haverá e o Brasil não permite é a diferença das instituições. Conflito entre Câmara e Senado não devia existir", afirmou o presidente do Senado, destacando que as diferenças pessoais fazem parte do processo democrático.
Segundo Renan Calheiros, na segunda-feira (17) será apresentado um cronograma detalhado com as propostas consensuais da Agenda Brasil e em condições de ser pautadas.
"O Brasil não cabe mais no seu PIB e a cada momento - como se isso não estivesse sendo levado em consideração - compatibilizamos mais despesas. Isso significa mais crise econômica, mais dificuldade na política."
Sobre o último projeto do ajuste fiscal pendente na pauta do Senado, o PLC 57/15, o presidente do Senado disse que a votação ocorrerá no dia (18).
A proposta, que estava com votação prevista para hoje, redefine a política de desoneração da folha de pagamento e aumenta as alíquotas sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia.
"Não há consenso ainda, mas estamos trabalhando", afirmou, acrescentando que a Câmara excluiu cinco setores da proposta, que precisa ser analisada pelo Senado.
Líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE) informou que a dificuldade de acordo surgiu porque, segundo ele, o critério para a exclusão poderia ter sido diferente.
"Um critério que fosse linear e beneficiasse a todos os setores e não só a alguns como a Câmara entendeu."
Eunício explicou que só fará mudanças de mérito no texto se houver acordo com a Câmara. “Se não houver negociação, não farei mudança de mérito."
Ele lembrou que, caso haja mudanças de mérito, o texto volta à Câmara e a tendência é que os deputados, que têm a última palavra, mantenham a proposta que aprovaram originalmente.
Para o líder do PMDB, se não for uma posição negociada, "o melhor é tirar essa matéria daqui, aprová-la e entregar para o governo a oportunidade de fechar o ajuste fiscal, sair dessa agenda e ir para uma agenda positiva para o Brasil.”
Apesar do impasse em torno da proposta, Renan e Eunício afirmaram que têm pressa em votar o projeto da reoneração das empresas para destravar a pauta do Senado e avançar em outras propostas. A intenção é votar o projeto na terça-feira (18).
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que, se houver qualquer mudança no mérito do projeto, a Casa exigirá que o texto passe novamente pelos deputados, como previsto nas tramitações legislativas.
Segundo ele, qualquer alteração feita pelo Senado precisa ser votada pelos deputados. “Acredito que qualquer alteração que vise a melhorar terá apoiamento da Câmara. Se for para piorar, não terá apoio da Câmara. Depende do conteúdo da alteração."
Para Eduardo Cunha, o Senado tem todo o direito de modificar o que quiser, "mas a Câmara tem de votar o que o Senado alterar”, afirmou.
Cunha destacou que, caso os senadores alterem o texto da Câmara, tratando, em conjunto, as novas regras, os deputados precisam decidir se acatam ou não a mudança.
“O que não concordamos é ter emenda de mérito como se fosse de redação. Se a forma que saiu da Câmara foi de um jeito e o Senado alterar, estará alterando o mérito. O relator na Câmara [Leonardo Picciani (PMDB-RJ)] definiu que quer a apreciação em conjunto. Se for separado, tem impacto sim e então o governo ou veta tudo ou não veta nada. Obviamente que a Câmara não aceitará uma separação como emenda de redação, porque isto é emenda de mérito.”