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Renan diz que líderes devem escolher entre CPI ou CPMI

Não está descartada a possibilidade de se instalar duas comissões, hipótese considerada remota nos bastidores


	Presidente do Senado, Renan Calheiros: "Não compete ao presidente do Congresso decidir se é uma ou duas CPIs. Não cabe ao presidente decidir quem é que vai investigar"
 (Jane de Araújo/Agência Senado)

Presidente do Senado, Renan Calheiros: "Não compete ao presidente do Congresso decidir se é uma ou duas CPIs. Não cabe ao presidente decidir quem é que vai investigar" (Jane de Araújo/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 17h34.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira, 30, que caberá aos líderes partidários escolherem se será instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras exclusiva do Senado ou a mista, com participação de senadores e deputados.

Nesta terça-feira, 29, Renan autorizou os líderes da Câmara a indicarem os nomes para a CPMI e, caso os partidos não apresentem seus indicados, caberá a ele fazer as indicações.

Não está descartada a possibilidade de se instalar duas comissões, hipótese considerada remota nos bastidores. "Não compete ao presidente do Congresso decidir se é uma ou duas CPIs. Não cabe ao presidente decidir quem é que vai investigar", disse o peemedebista.

A reunião com os líderes acontecerá na próxima terça-feira, 6, e a intenção é instalar a comissão imediatamente.

A base aliada insiste que o melhor foro é o Senado, mas a oposição pressiona para que o grupo de investigação seja formado também por deputados.

"Os líderes precisam se entender no sentido que tenhamos uma concertação para saber em qual foro vai haver investigação", apelou Renan.

Questionado sobre o possível esvaziamento da CPI - que deve funcionar no período da Copa do Mundo e da campanha eleitoral - e a real eficácia dos trabalhos, Renan desconversou.

"Aí vai depender da eficiência da própria investigação", afirmou. Os petistas alegam que a discussão inicial sobre a instalação de uma CPI sobre a Petrobras começou no Senado, Casa que teria condições de fazer uma investigação "mais serena" e que não transformaria a comissão em "palco para espaço de disputa política". 

"Seria irracional termos duas CPIs. A mista não é a melhor alternativa para quem quer investigar", defende o líder do PT, Humberto Costa (PE).

O PT, que é contra a CPMI, já definiu os nomes para a CPI do Senado: José Pimentel (CE), Jorge Viana (AC) e Aníbal Diniz (AC). O PCdoB será representado pela senadora Vanessa Grazziotin (AM) e o PDT por Acir Gurgacz (RO).

O PSDB havia indicado inicialmente os senadores Mário Couto (PA) e Álvaro Dias (PR), mas como a sigla defende a CPMI, as indicações serão rediscutidas para integrar os deputados tucanos Carlos Sampaio (SP) e Izalci (DF).

Se prevalecer a CPI exclusiva do Senado, o PTB indicará Gim Argello (DF) e o PR Antonio Carlos Rodrigues (SP).

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que apresentará nomes tanto para a CPI quanto para a CPMI. Instalada a comissão, o PMDB já avisou que escolherá a presidência. O PT deve ficar com a relatoria.

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