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Renan diz estar "tranquilo" sobre nova denúncia no STF

Renan foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido da empresa Serveng R$ 800 mil em propina como doação legal de campanha

Renan: a quantia de R$ 800 mil teria como objetivo real comprar o favorecimento da Serveng em licitações feitas pela petroleira estatal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Renan: a quantia de R$ 800 mil teria como objetivo real comprar o favorecimento da Serveng em licitações feitas pela petroleira estatal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 15h34.

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) divulgou uma nota em que afirma estar tranquilo para esclarecer todos os pontos levantados na investigação que resultou na denúncia contra ele apresentada hoje (12), no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.

Na denúncia, a primeira contra o senador derivada da Operação Lava Jato, Renan foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido da empresa Serveng, em 2010, R$ 800 mil em propina travestida de doação legal de campanha.

O procurador-geral da República escreveu que o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), também denunciado pelos mesmos crimes, serviu de intermediário entre a Serveng, Renan Calheiros e Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras.

A quantia de R$ 800 mil teria como objetivo real comprar o favorecimento da Serveng em licitações feitas pela petroleira estatal, segundo Janot.

"O senador Renan Calheiros jamais autorizou ou consentiu que o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância", diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Senado logo após a confirmação da denúncia.

"O senador reitera que suas contas eleitorais já foram aprovadas e está tranquilo para esclarecer esse e outros pontos da investigação", conclui o texto.

A denúncia desta segunda-feira contra Renan é consequência de um dos 11 inquéritos contra o senador que tramitam no STF, oito deles relacionados à Lava Jato.

No início do mês, ele se tornou réu pelo crime de peculato, numa ação penal não relacionada aos desvios na Petrobrás.

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