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Renan acusa Planalto de patrocinar criação do PL contra PMDB

A nova sigla faria com que o PMDB diminuísse de tamanho, segundo o presidente do Senado


	Renan Calheiros: "como pode o governo patrocinar uma coisa que objetiva diminuir o tamanho de um aliado?", indagou
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Renan Calheiros: "como pode o governo patrocinar uma coisa que objetiva diminuir o tamanho de um aliado?", indagou (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 14h42.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusou nesta quinta-feira o Palácio do Planalto de patrocinar a refundação do Partido Liberal e classificou a atitude como a "pior criação" da articulação política do governo nos últimos meses.

"Como pode o governo patrocinar uma coisa que objetiva diminuir o tamanho de um aliado? Isso é um péssimo exemplo da reforma política que nós vamos ter", disse Renan, ao ser questionado sobre a ideia do PMDB de desencadear uma batalha jurídica para impedir que o PL seja criado.

"Nós precisamos acabar com essa farra da criação de novos partidos. Principalmente, de partidos patrocinados pelo governo que pretendem fazer a fusão para levar aliados. Do ponto de vista da articulação política dos últimos meses, essa foi a pior criação", afirmou.

Sem citar nomes, o peemedebista insinuou que os titulares dos ministérios da Educação e das Cidades estavam por trás da ideia de fundar o novo partido.

Apesar de negar, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, tem sido apontado como o grande patrocinador da iniciativa.

O ex-ministro da Educação Cid Gomes também é visto como um desafeto do PMDB que estaria ajudando a sigla a sair do papel.

O PMDB vê na iniciativa um movimento para enfraquecê-lo. Na avaliação da cúpula da sigla, a demora da presidente Dilma Rousseff em sancionar a lei que cria uma quarentena para a fusão entre partidos - apelidada de projeto anti Kassab - é proposital.

A sanção ocorreu esta semana, mas somente depois de o PL conseguir dar entrada ao pedido para registro no Tribunal Superior Eleitoral.

Os peemedebistas acreditam que uma futura fusão do PL com o PSD de Kassab tem como objetivo abrir uma nova janela de infidelidade para que parlamentares possam mudar de partido e desidratar o PMDB.

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