Votação da reforma tributária no Senado deve terminar em 9 de novembro, diz relator
Eduardo Braga afirmou que não será fácil cumprir esse prazo, considerando também os feriados no meio do caminho
Agência de notícias
Publicado em 20 de outubro de 2023 às 14h08.
Última atualização em 20 de outubro de 2023 às 14h10.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária , disse nesta sexta-feira, 20, que seu relatório, com mudanças no texto enviado pela Câmara, deve ser lido na quarta-feira, dia 25 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Se tudo correr bem, a expectativa é que a reforma seja votada pelo plenário em dois turnos até 9 de novembro.
Durante reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o senador expressou o compromisso do Congresso de aprovar até o fim do ano a proposta de emenda constitucional que altera o sistema tributário, de modo que a reforma passe a vigorar já em 2024.
Braga reconheceu, porém, que não será fácil e simples cumprir esse prazo, considerando também os feriados no meio do caminho e a necessidade de as mudanças feitas pelos senadores terem que ser apreciadas pelos deputados.
O senador assinalou na Fiesp que o relatório, já redigido, foi encaminhado para análise do Ministério da Fazenda, bancadas e lideranças do Senado.
A publicação está prevista para terça-feira, para que a leitura na CCJ aconteça no dia seguinte.
A comissão, projetou Braga, deve votar a matéria no dia 7 de novembro, com entrega ao plenário na sequência.
Como o processo no Senado não prevê emendas aglutinativas, Braga destacou que o relatório ficará por duas semanas aberto a críticas e sugestões, "com absoluta transparência", até a votação na CCJ.
Apoio na Casa
Braga disse que já há maioria na casa para aprovar uma trava de carga tributária na proposta de emenda constitucional.
"A reforma precisa simplificar e garantir a neutralidade da carga tributária", comentou o parlamentar, durante reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde foi aplaudido por empresários do setor ao anunciar que a reforma vai prever uma trava contra o aumento da carga de impostos.
Entre as mudanças feitas pelos senadores ao texto enviado pela Câmara, Braga afirmou que o conselho federativo não terá competência legislativa, sendo transformado em um comitê gestor e administrador para apenas arrecadar e distribuir recursos.
"Tiramos boa parte da disputa que estava se estabelecendo em torno dessa questão, que não nos parecia correta", afirmou o senador.
Ele também reafirmou que o valor do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) está sendo rediscutido com o governo, de modo a torná-lo um instrumento efetivo de política de redução das desigualdades regionais.