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Relator de julgamento da chapa Dilma-Temer ataca corrupção

"Enfraquecer a Justiça Eleitoral é condenar as eleições ao descrédito e, se desacreditadas, o que sobrará aos brasileiros?", questionou o ministro

Herman Benjamin: o ministro reconheceu a mudança do quadro político do país em relação à situação de quando a ação foi apresentada (Ueslei Marcelino/Reuters)

Herman Benjamin: o ministro reconheceu a mudança do quadro político do país em relação à situação de quando a ação foi apresentada (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2017 às 22h28.

Brasília - O ministro Herman Benjamin, relator do processo da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou nesta terça-feira a corrupção na campanha e defendeu a importância de se garantir eleições que tenham credibilidade.

"Enfraquecer a Justiça Eleitoral é condenar as eleições ao descrédito e, se desacreditadas, o que sobrará aos brasileiros?", questionou o ministro na introdução de seu voto.

"O que ainda nos livra de decidir na rua com armas e sangue é a esperança de que a cada dois anos um pouco, ou muito, poderá mudar pelo voto."

Benjamin reconheceu a mudança do quadro político do país em relação à situação de quando a ação contra a chapa formada pela então presidente Dilma Rousseff e por seu vice, Michel Temer, foi apresentada em 2014 pelo PSDB, partido do candidato que ficou em segundo lugar na eleição presidencial.

Como Dilma sofreu impeachment ano passado, Temer é hoje presidente e tem nos tucanos seus principais aliados.

"Não obstante essa profunda alteração do quadro político, os fatos continuam os mesmos", disse. "Nós juízes do TSE julgamos fatos como fatos, não expediente de conveniência política de instante."

Benjamin questionou se o país deve continuar pagando campanhas caríssimas "pela via da corrupção e caixa 2 ou pela via transparente do financiamento público".

"A tirania da corrupção é útero fértil para o totalitarismo", disse o ministro.

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