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Relator das contas de Dilma pode ser investigado por fraude

MPF e PF encontraram indícios de que Augusto Nardes era um dos destinatários de repasses de empresa investigada na Operação Zelotes


	Augusto Nardes: até 2005, ministro do TCU foi sócio de uma empresa investigada na Operação Zelotes
 (EXAME.com)

Augusto Nardes: até 2005, ministro do TCU foi sócio de uma empresa investigada na Operação Zelotes (EXAME.com)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 11h16.

São Paulo – O ministro Augusto Nardes – relator das contas de Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU) – pode ter recebido 1,65 milhão de reais num esquema de anulação de dívidas fiscais de empresas.

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) encontraram indícios destes repasses, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, e encaminharam o relatório à Procuradoria Geral da República, que irá decidir sobre o prosseguimento das investigações.

As suspeitas

Até 2005, Nardes era sócio da empresa Planalto Soluções e Negócios, registrada e comandada por seu sobrinho Carlos Juliano Nardes. 

A Planalto Soluções e Negócios é investigada na Operação Zelotes,  responsável por apurar um suspeito esquema de compra de decisões do Conselho Administrativo de Recursos (Carf) – órgão do Ministério da Fazenda que julga recursos de multas da Receita Federal. 

De acordo com os investigadores, Nardes e o sobrinho receberam pagamentos de outra empresa investigada, a SGR Consultoria - que teria corrompido conselheiros do Carf para anular multas.

O motivo para os pagamentos ainda é desconhecido. A suspeita é de que a empresa de Nardes tenha recebido para aproximar a SGR do grupo de comunicação RBS, que teria problemas com a Receita Federal. 

Ao jornal Folha de S.Paulo, o ministro do TCU e o sobrinho dele disseram desconhecer os pagamentos e negaram qualquer irregularidade.

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