O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, presta depoimento à CPI do Cachoeira: relações dos dois é investigada (José Cruz/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2012 às 23h42.
Brasília, 13 - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu inquérito para investigar as relações do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
No despacho autorizando as investigações, o ministro Humberto Martins também determinou a realização de diligências pedidas pelo Ministério Público, como a relação dos contratos da empreiteira Delta com o governo de Goiás.
As investigações da Polícia Federal trazidas à tona pela CPI do Cachoeira reforçaram as ligações de Perillo com o esquema. Escutas autorizadas judicialmente mostraram o contraventor com acesso a integrantes da cúpula do governo local e até mesmo como pagador de contas pessoais de secretários de Perillo. O contraventor chegou a receber uma ligação de Perillo parabenizando-o pelo aniversário.
"É apenas a formalização de um pedido de investigação que eu mesmo fizera", disse ontem o advogado de Perillo, Antonio Carlos de Almeidas Castro. No início do escândalo, quando as ligações de integrantes do governo goiano com Cachoeira foi revelado, o advogado entrou, preventivamente, um pedido de investigação para, segundo afirmou, demonstrar que seu cliente não tinha nada a esconder.