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Relação com Cunha é protocolar, sem revanche, diz Picciani

Em entrevista, Picciani defendeu o direito de defesa de todos os políticos envolvidos em escândalos, como Cunha

Leonardo Picciani: para o líder do PMDB, sua distância em relação a Cunha não deve atrapalhar a unificação do PMDB (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 13h28.

Brasília e São Paulo - O líder do PMDB na Câmara , Leonardo Picciani (RJ), afirmou nesta quinta-feira, 18, que sua relação com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é hoje apenas "protocolar".

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Picciani defendeu o direito de defesa de todos os políticos envolvidos em escândalos, como Cunha, mas pregou que, se culpados, devem ser punidos.

"Evidentemente viemos de uma disputa (pela liderança do PMDB) em que ele trabalhou contra minha candidatura e a favor de Hugo Motta (PB). Minha relação com ele tem sido dentro da cordialidade que sempre tivemos, mas não tem sido uma relação próxima. Hoje é mais protocolar, embora não tenha sentimento de revanche e de antagonismo a ele", afirmou Picciani.

Para o líder do PMDB, sua distância em relação a Cunha não deve atrapalhar a unificação do PMDB. "Não acredito, porque não há restrição da bancada do PMDB ao presidente da Câmara", afirmou.

Picciani avaliou que, hoje, as divergências internas da bancada são motivadas por "temas controversos", como CPMF, ajuste fiscal e impeachment.

Ele sinalizou, na entrevista, que vai orientar a bancada pela aprovação da CPMF na Casa. "Minha opinião é que CPMF seria o remédio adequado a ser aplicado neste momento", disse.

"Não tenho nenhuma paixão pelo tema, se tiver outro caminho melhor. O problema é que não há." Ele reconheceu, contudo, que a unidade da bancada sobre o tema é "improvável".

Sobre a reforma da Previdência, o líder disse que todos do PMDB concordam com a tese apresentada pelo governo até agora. "É nítido que precisamos de um ajustamento", disse.

Ele defendeu, no entanto, que as propostas devem preservar os direitos adquiridos dos trabalhadores e criar uma regra de transição para os que estão no mercado de trabalho atualmente.

Para Picciani, o desembarque de seu partido do governo não "ganhará corpo" na convenção nacional da legenda prevista para março.

Ele acredita que, mesmo diante do enfraquecimento do governo e do desgaste do PT, a permanência não deve prejudicar a sigla neste ano eleitoral, pois a população compreende que o PMDB tem compromisso com a governabilidade.

"Creio que a convenção terá sua dinâmica e esse tema não ganhará corpo na convenção. Noto setores amplos do partido fora do debate e não deverão levar essa discussão a efeito", afirmou.

"A população conhece o papel do PMDB, o PMDB tem compromisso com governabilidade", disse, complementando que a instabilidade política causa muito prejuízo ao País.

Impeachment

Picciani reafirmou seu compromisso de dividir as oito vagas a que o partido tem direito na comissão especial do impeachment na Câmara entre as alas da bancada, de forma proporcional.

Pelos cálculos dele, dos cerca de 70 deputados do PMDB, de 20% a 25% são pró-impeachment, de 25% a 30% são "declaradamente contrários" e outros de 45% a 50% ainda "indefinidos".

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Brasília e São Paulo - O líder do PMDB na Câmara , Leonardo Picciani (RJ), afirmou nesta quinta-feira, 18, que sua relação com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é hoje apenas "protocolar".

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Picciani defendeu o direito de defesa de todos os políticos envolvidos em escândalos, como Cunha, mas pregou que, se culpados, devem ser punidos.

"Evidentemente viemos de uma disputa (pela liderança do PMDB) em que ele trabalhou contra minha candidatura e a favor de Hugo Motta (PB). Minha relação com ele tem sido dentro da cordialidade que sempre tivemos, mas não tem sido uma relação próxima. Hoje é mais protocolar, embora não tenha sentimento de revanche e de antagonismo a ele", afirmou Picciani.

Para o líder do PMDB, sua distância em relação a Cunha não deve atrapalhar a unificação do PMDB. "Não acredito, porque não há restrição da bancada do PMDB ao presidente da Câmara", afirmou.

Picciani avaliou que, hoje, as divergências internas da bancada são motivadas por "temas controversos", como CPMF, ajuste fiscal e impeachment.

Ele sinalizou, na entrevista, que vai orientar a bancada pela aprovação da CPMF na Casa. "Minha opinião é que CPMF seria o remédio adequado a ser aplicado neste momento", disse.

"Não tenho nenhuma paixão pelo tema, se tiver outro caminho melhor. O problema é que não há." Ele reconheceu, contudo, que a unidade da bancada sobre o tema é "improvável".

Sobre a reforma da Previdência, o líder disse que todos do PMDB concordam com a tese apresentada pelo governo até agora. "É nítido que precisamos de um ajustamento", disse.

Ele defendeu, no entanto, que as propostas devem preservar os direitos adquiridos dos trabalhadores e criar uma regra de transição para os que estão no mercado de trabalho atualmente.

Para Picciani, o desembarque de seu partido do governo não "ganhará corpo" na convenção nacional da legenda prevista para março.

Ele acredita que, mesmo diante do enfraquecimento do governo e do desgaste do PT, a permanência não deve prejudicar a sigla neste ano eleitoral, pois a população compreende que o PMDB tem compromisso com a governabilidade.

"Creio que a convenção terá sua dinâmica e esse tema não ganhará corpo na convenção. Noto setores amplos do partido fora do debate e não deverão levar essa discussão a efeito", afirmou.

"A população conhece o papel do PMDB, o PMDB tem compromisso com governabilidade", disse, complementando que a instabilidade política causa muito prejuízo ao País.

Impeachment

Picciani reafirmou seu compromisso de dividir as oito vagas a que o partido tem direito na comissão especial do impeachment na Câmara entre as alas da bancada, de forma proporcional.

Pelos cálculos dele, dos cerca de 70 deputados do PMDB, de 20% a 25% são pró-impeachment, de 25% a 30% são "declaradamente contrários" e outros de 45% a 50% ainda "indefinidos".

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