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Rejeição a Bolsonaro sobe para 48%, mas distância com Lula no 2º turno cai

Pesquisa EXAME/IDEIA mostra que Lula ganha em todos os cenários de segundo turno. Se as eleições fossem hoje, o petista teria 47% dos votos e o candidato à reeleição, 36%

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. (Miguel Schincariol/Evaristo Sá/Getty Images)
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Fabiane Stefano

Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 10h15.

Última atualização em 10 de dezembro de 2021 às 13h00.

Prestes a encerrar o terceiro ano de mandato e às vésperas da campanha para a reeleição, a rejeição da população ao presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentou: 48% declaram que não votariam no atual presidente de jeito nenhum, o que representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação à última pesquisa. A rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também subiu: de 37% em novembro para 40% em dezembro.

Apesar da rejeição maior, a distância entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula nas intenções de voto de segundo turno diminuiu. Se as eleições fossem hoje, o petista teria 47% e o candidato à reeleição, 36%. Em novembro, esta distância entre os dois era de 17 pontos percentuais.

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Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.200 pessoas entre os dias 6 a 9 de dezembro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

A pesquisa EXAME/IDEIA testou possíveis cenários de segundo turno considerando os candidatos com a maior intenção de votos no primeiro turno, Lula e Bolsonaro. Com o petista, foram considerados quatro cenários: além da disputa com o atual presidente, os nomes do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), do governador de São Paulo João Doria (PSDB) e do ex-governador Ciro Gomes (PDT) foram submetidos a um confronto com Lula. Em todas as simulações, o ex-presidente venceria.

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Com Bolsonaro, EXAME/IDEIA simulou a votação em dois cenários, além do segundo turno com Lula. Ciro Gomes e Bolsonaro estão tecnicamente empatados: 38% a 37%, respectivamente. Numa disputa com Moro, o ex-juiz receberia 36% dos votos contra 34% do atual presidente, o que configura também empate técnico.

-(Arte/Exame)

Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, apesar de Bolsonaro ter uma parcela fiel de eleitores, a baixa aprovação e a alta rejeição tornam o cenário extremamente desafiador para uma reeleição do atual presidente.

“A aprovação de Bolsonaro continua resiliente, mas no patamar de um quarto do eleitorado. Isso significa que segue abaixo dos níveis de FHC, Lula e Dilma nos seus respectivos primeiros mandatos quando comparamos o exato mesmo período anterior às eleições. O nível de avaliação negativa segue majoritário (acima de 50%). Seus pares que foram reeleitos nunca atingiram esse degrau de rejeição durante o primeiro mandato”, diz Moura.

Na atual rodada da pesquisa, a desaprovação de Bolsonaro é de 53%. Já os que aprovam o trabalho do presidente somam 31%. Entre os entrevistados, 51% acham o governo de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo, frente a 25% que consideram ótimo ou bom.

Além disso, Moura destaca que 61% os brasileiros acham que o presidente “não merece continuar" no cargo. "É um índice proibitivo para um presidente em processo de reeleição", diz.

Primeiro turno

Na sondagem de primeiro turno, Lula também lidera todos os cenários. Na pesquisa estimulada (quando os candidatos são apresentados previamente), o ex-presidente tem 37% das intenções de voto, Bolsonaro aparece com 27%, seguido de Sergio Moro, com 10%, e Ciro Gomes, com 6%.

“O ex-presidente Lula segue liderando todos os cenários de intenção de voto de primeiro e de segundo turnos. Todavia, o eleitor realmente engajado com o ex-presidente são os 28% que declaram sua preferência na pergunta espontânea de intenção de voto (aquela que não são oferecidas alternativas de candidatos aos entrevistados)”, diz Moura.

O fundador do IDEIA lembra, no entanto, que as disputas de segundo turno costumam refletir essencialmente o grau de rejeição dos candidatos. “O desafio do petista será eventualmente enfrentar candidatos com menor rejeição."

-(Arte/Exame)

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