Brasil

Reforma do ensino médio será desafio para Gomes na Educação

Na cerimônia de transmissão de cargo, o ministro se dirigiu aos professores e afirmou que eles terão seu trabalho reconhecido e valorizado


	Cid Gomes: ministro disse que vai trabalhar para atingir metas do Plano Nacional de Educação
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Cid Gomes: ministro disse que vai trabalhar para atingir metas do Plano Nacional de Educação (Elza Fiúza/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 13h23.

Brasília - A reforma do ensino médio foi apontada pelo ministro da Educação, Cid Gomes, como um dos desafios a ser enfrentado na sua gestão à frente da pasta.

Na cerimônia de transmissão de cargo, o ministro se dirigiu aos professores e afirmou que eles terão seu trabalho reconhecido e valorizado.

Gomes disse ainda que vai trabalhar para atingir as metas do Plano Nacional de Educação. O ex-governador do Ceará assumiu hoje (2) a pasta que era comandada por Henrique Paim.

“No ensino médio temos um desafio especial, que é, além de ampliar o acesso, reformar o seu currículo, compreendendo as características regionais de cada estado e município brasileiro. Para que tenhamos êxito será necessário todo o apoio de professores e universidades”, disse.

Ao se dirigir aos professores, Cid Gomes disse que estará aberto ao diálogo com a classe. “Gostaria de me dirigir a todos os professores brasileiros. Sou filho e irmão de professores. Minha experiência como prefeito e governador me ensinou ainda mais sobre a necessidade do corpo docente. Pretendo me reunir com seus representantes, vamos valorizar e reconhecer seu trabalho. Meu gabinete estará sempre aberto para receber conselhos, críticas e ajuda”, disse. Em entrevista a jornalistas, depois da cerimônia, ele acrescentou que pretende discutir formas de avaliação para os professores.

O novo ministro citou que tem por metas ampliar as vagas de ensino em tempo integral e o atendimento a crianças até 3 anos de idade nas creches, além de universalizar o acesso das crianças de até 5 anos à pré-escola. Melhorar a qualidade do ensino fundamental e continuar a expansão do ensino superior também foram citados por Gomes.

Cid Gomes iniciou o discurso fazendo referência ao novo lema de governo, apresentado ontem (1°) pela presidenta Dilma Rousseff, que é “Brasil: pátria educadora”. “A educação será a prioridade das prioridades como nos disse a presidenta Dilma”, observou.

O ex-ministro Paim disse que ao deixar o cargo encerra também um ciclo de 11 anos no Ministério da Educação (MEC), e fez um balanço de sua gestão e dos avanços dos últimos anos na área. Paim destacou como principal conquista a implantação da política de cotas. “A lei de cotas, considero a política mais importante que este governo fez. Conseguimos inverter a lógica de que só estudantes de escolas privadas conseguiam acessar as universidades públicas neste país”, disse.

Paim ainda citou a consolidação de avaliações feitas pelo MEC, o estabelecimento de um padrão sólido de relação com estados e municípios e políticas de formação dos professores.

Cid Gomes terá um início de gestão movimentado. Na primeira semana de janeiro deve divulgar o reajuste do piso nacional dos professores. O reajuste é determinado por lei e o cálculo do percentual é feito por técnicos do ministério. Na segunda semana de janeiro será divulgado o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, em seguida, abertas as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Gomes é formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi eleito prefeito de Sobral em 1996 e em 2000. Em 2006, elegeu-se, em primeiro turno, governador do estado, e também coordenou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo mandato presidencial. Em 2010, foi reconduzido ao cargo de governador.

Acompanhe tudo sobre:Educação no BrasilEnsino médioGoverno DilmaMEC – Ministério da Educação

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi