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Reeleição é uma chaga em nosso país, critica Marina

"A reeleição começou de forma errada, com compra de votos", declarou a candidata


	Marina Silva: a ex-senadora repetiu ser contra a reeleição por ser um sistema que consideram gerar o aparelhamento do Estado
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Marina Silva: a ex-senadora repetiu ser contra a reeleição por ser um sistema que consideram gerar o aparelhamento do Estado (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 14h28.

São Paulo - A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) comentou nesta quarta-feira a denúncia feita por reportagem publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo, de que dirigentes dos Correios afirmaram que a presidente Dilma Rousseff (PT) avançou nas pesquisas pelo trabalho de apoio feito pela estatal à campanha petista em Minas Gerais.

Marina disse que o caso é reflexo do sistema de reeleição, que considera "uma chaga neste País". "A reeleição começou de forma errada, com compra de votos, inaugurando o mensalão no Congresso Nacional", disse a ex-ministra em referência à denúncia de compra de voto para aprovar a emenda da reeleição no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Marina repetiu que ela e sua coligação são contra a reeleição por ser um sistema que consideram gerar o aparelhamento do Estado e uso político das instituições públicas, como pode ter sido o caso dos Correios.

"Esse tipo de prática deve ser condenado pela sociedade e, principalmente pela Justiça Eleitoral", afirmou. Na coletiva realizada após visita à comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, Marina também rebateu as acusações recentes da adversária petista. Dilma disse ontem que Marina tem "desvio de caráter" por ter mentido sobre a forma que votou em relação à CPMF enquanto senadora.

"Falta de caráter é vir a uma comunidade como essa e prometer um hospital e não cumprir depois de quatro anos. Isso sim é mentira", disse a candidata ressaltando uma reclamação da comunidade de Paraisópolis quanto à promessa não cumprida pela presidente Dilma.

A campanha de Dilma também acusou Marina de andar com "gente da ditadura", em referência ao apoio de Marina ao candidato ao Senado em Santa Catarina Paulo Bornhausen - filho de Jorge Bornhausen, que foi da Arena, partido de sustentação da ditadura. A propaganda também usa imagem de Heráclito Fortes, hoje candidato a deputado federal no Piauí, mas que foi do PFL e que agora "marinou".

"As companhias que a presidente tem, com (Fernando) Collor, (José) Sarney, (Paulo) Maluf, Renan Calheiros, Jader Barbalho, essa sim é a verdadeira contradição, a contradição mais profunda que nós podemos encontrar na trajetória de pessoas que deveriam estar honrando essa trajetória", afirmou Marina.

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