Raio cai em cidade: refinaria começou a ser religada gradativamente, segundo fonte (stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2015 às 16h39.
Rio de Janeiro - A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, no Estado do Rio de Janeiro, voltou a operar nesta quarta-feira, após ficar parada desde segunda-feira, quando um raio atingiu a térmica que fornece energia para a unidade, disse uma fonte da estatal à Reuters.
Segundo a fonte, que pediu para não ser identificada, a refinaria começou a ser religada gradativamente nesta quarta-feira.
"Um raio potente atingiu uma linha de transmissão da TermoRio (térmica) e acabou cortando o fornecimento de energia da Reduc. Nós estamos pendurados na TermoRio. Foi um acidente que o sistema de proteção não conseguiu segurar", disse a fonte.
"Foram várias empresas ali do pólo de Duque de Caxias que foram afetadas", acrescentou.
A Reduc, que tem capacidade para processar 250 mil barris de petróleo por dia, operava no momento do acidente com pouco mais de 220 mil barris, segundo a fonte.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A fonte revelou que a petroleira já procurou a direção da TermoRio para analisar o acidente e adotar eventuais medidas para evitar que problemas como esse se repitam.
"Temos um sistema de terramento e estamos analisando o acidente. Foi uma infeliz coincidência", afirmou a fonte.
A previsão é que as unidades de craqueamento da Reduc sejam retomadas nessa quarta-feira, normalizando o processamento de óleo na refinaria.
"Ontem e hoje não houve nenhum processamento", declarou.
Apesar do acidente e da paralisação das unidades de processamento, a Reduc conta com estoques suficientes para atender a demanda por até cinco dias.
Mais cedo, o sindicato dos trabalhadores da refinaria havia informado à Reuters que um raio que atingiu o local no domingo havia afetado as operações.
INVESTIMENTO
A Petrobras pretende investir neste ano e em 2016 entre 70 e 80 milhões de reais na modernização da Reduc, disse a fonte.
"São investimentos para 15 e 16 e estamos falando de entre 70 e 80 milhões em sistemas de utilidade e confiabilidade. Basicamente, são software e hardware, sistemas tecnológicos. O objetivo é garantir a continuidade das operações", declarou.