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Rede hoteleira acha que protestos podem prejudicar Copa

Segundo representante do setor, demanda por hotéis na Copa das Confederações ficou abaixo do esperado, e os protestos influenciaram esse cenário

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 19h30.

São Paulo - Os protestos populares que vem ocorrendo em cidades brasileiras podem prejudicar o setor de hotelaria durante a Copa do Mundo , avalia o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que representa 25 redes em atuação no País, Roberto Rotter. "Do meu ponto de vista, as manifestações não contribuem positivamente para o Brasil. Vemos que há uma preocupação de alguns visitantes por causa das manifestações, isso já se viu na Copa das Confederações", afirmou em evento nesta quinta-feira, 13.

Segundo Rotter, na Copa das Confederações, que ocorreu em meados do ano passado, a demanda por hotéis ficou abaixo do esperado, e os protestos influenciaram esse cenário. "Era uma competição com forte turismo local. Notamos que muitas pessoas, principalmente do Sul do Brasil, deixaram de viajar por causa disso (dos protestos)", afirmou. O setor teme que a continuidade dos atos populares e a violência associada a alguns grupos participantes desencorajem visitantes a viajar pelo Brasil na Copa do Mundo.

"Nos preocupa a repercussão com os turistas, principalmente com os estrangeiros", disse Rotter. "Não gostaríamos que isso prejudicasse a imagem do Brasil para atrair visitantes não só para a Copa do Mundo, mas também para outros eventos no futuro."

Preços sob controle

Rotter afirmou que não haverá uma alta generalizada de preços do setor durante o evento esportivo. "A tarifa pode ser mais cara sim, principalmente quando houver jogos mais interessantes, como os do Brasil. Em contrapartida, nos dias sem partidas, isso não vai acontecer. É preciso lembrar que essa alta de preços responde à demanda", explicou o executivo do FOHB, cujas 25 redes hoteleiras englobam 600 hotéis e respondem por 18% dos apartamentos ofertados no Brasil.

Ele reconheceu, no entanto, a existência de casos específicos que fogem do comum. "Um hotel pode praticar uma política isolada e isso acabar vindo a publico. Isso acontece, mas não é generalizado. As redes não seriam irresponsáveis de subir demais o preço de uma diária", disse.

Segundo Rotter, mais importante do que lucrar durante a Copa é fazer que os visitantes voltem. Ele revelou que a iniciativa privada investiu cerca de R$ 12 bilhões no setor nos últimos anos e a maior expectativa de retorno é no longo prazo. "Os hotéis não correrão o risco de prejudicar o investimento. O cliente dessas redes pode ser cliente em outras ocasiões também, não apenas na Copa."

Ele estima que a diária média do setor suba entre 5% e 6% em 2014, em linha com a inflação oficial - a projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano é de cerca de 6%. Em 2013, os valores médios das diárias na rede hoteleira aumentaram 5,91%, de acordo com o FOHB.

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São Paulo - Os protestos populares que vem ocorrendo em cidades brasileiras podem prejudicar o setor de hotelaria durante a Copa do Mundo , avalia o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que representa 25 redes em atuação no País, Roberto Rotter. "Do meu ponto de vista, as manifestações não contribuem positivamente para o Brasil. Vemos que há uma preocupação de alguns visitantes por causa das manifestações, isso já se viu na Copa das Confederações", afirmou em evento nesta quinta-feira, 13.

Segundo Rotter, na Copa das Confederações, que ocorreu em meados do ano passado, a demanda por hotéis ficou abaixo do esperado, e os protestos influenciaram esse cenário. "Era uma competição com forte turismo local. Notamos que muitas pessoas, principalmente do Sul do Brasil, deixaram de viajar por causa disso (dos protestos)", afirmou. O setor teme que a continuidade dos atos populares e a violência associada a alguns grupos participantes desencorajem visitantes a viajar pelo Brasil na Copa do Mundo.

"Nos preocupa a repercussão com os turistas, principalmente com os estrangeiros", disse Rotter. "Não gostaríamos que isso prejudicasse a imagem do Brasil para atrair visitantes não só para a Copa do Mundo, mas também para outros eventos no futuro."

Preços sob controle

Rotter afirmou que não haverá uma alta generalizada de preços do setor durante o evento esportivo. "A tarifa pode ser mais cara sim, principalmente quando houver jogos mais interessantes, como os do Brasil. Em contrapartida, nos dias sem partidas, isso não vai acontecer. É preciso lembrar que essa alta de preços responde à demanda", explicou o executivo do FOHB, cujas 25 redes hoteleiras englobam 600 hotéis e respondem por 18% dos apartamentos ofertados no Brasil.

Ele reconheceu, no entanto, a existência de casos específicos que fogem do comum. "Um hotel pode praticar uma política isolada e isso acabar vindo a publico. Isso acontece, mas não é generalizado. As redes não seriam irresponsáveis de subir demais o preço de uma diária", disse.

Segundo Rotter, mais importante do que lucrar durante a Copa é fazer que os visitantes voltem. Ele revelou que a iniciativa privada investiu cerca de R$ 12 bilhões no setor nos últimos anos e a maior expectativa de retorno é no longo prazo. "Os hotéis não correrão o risco de prejudicar o investimento. O cliente dessas redes pode ser cliente em outras ocasiões também, não apenas na Copa."

Ele estima que a diária média do setor suba entre 5% e 6% em 2014, em linha com a inflação oficial - a projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano é de cerca de 6%. Em 2013, os valores médios das diárias na rede hoteleira aumentaram 5,91%, de acordo com o FOHB.

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