Rio - O presidente nacional do PMDB , Valdir Raupp (RO), que compõe a chapa de Dilma Rousseff e é concorrente do PSB na eleição presidencial, afirmou na tarde desta quarta-feira, 13, que torce para que, após a morte de Eduardo Campos , a chapa PSB/Rede continue na disputa presidencial.
"Esperamos que eles possam encontrar um caminho para que a democracia brasileira continue fortalecida com a disputa da chapa de Eduardo", disse.
O parlamentar não comentou a possibilidade de Marina Silva assumir como cabeça de chapa.
Para o senador, o falecimento de Campos é uma perda irreparável para o povo brasileiro. "Nesse momento só nos resta externar os nossos mais profundos sentimentos", afirmou.
Raupp destacou as qualidades e a maturidade do político pernambucano. "Era um candidato competitivo, com boas propostas para o país, um político experiente, apesar de jovem", disse.
Pezão
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, declarou em nota divulgada na tarde desta quarta-feira que, com a morte de Eduardo Campos, o país perde um "homem honrado e sempre atento às demandas sociais do povo brasileiro".
Campos faleceu em acidente aéreo em Santos, no litoral paulista.
- 1. Vida política
1 /10(Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo -
Eduardo Campos nasceu em uma das famílias mais influentes do Brasil. E faleceu buscando o compromisso maior com a vida política: a presidência do Brasil. O candidato morreu nesta quarta-feira aos 49 anos. Ele estava
no jatinho que caiu nesta manhã em Santos. Veja nas fotos a seguir os principais momentos de sua vida.
- 2. Início
2 /10(Evaldo Costa/Flikr)
Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, Pernambuco, em 10 de agosto de 1965. Filho do escritor Maximiano Campos e da atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e neto de Miguel Arraes, Campos nasceu em uma família de políticos. Em 1990, começou sua carreira política oficialmente ao ser eleito deputado estadual pelo
PSB .
- 3. Família política
3 /10(Alexandre Belem/JC Imagem)
Em 1986, envolveu-se na campanha para governador do avô, Miguel Arraes. Miguel Arraes foi um importante político brasileiro, tendo sido deputado estadual e governador do estado do
Pernambuco três vezes. Arraes passou 15 anos exilado por conta da ditadura. Em 1994, Campos integrou o governo de Arraes, onde ocupou o cargo de secretário da Fazenda de Pernambuco entre 1995 e 1998.
- 4. Ministro do governo Lula
4 /10(Aluísio Moreira/Divulgação)
Após três mandatos como deputado federal, Campos assumiu, no início do governo
Lula , de 2003 a 2005, o cargo de Ministro da Ciência e Tecnologia. No mesmo ano, assume a presidência nacional do PSB.
- 5. Governador
5 /10(Wikimedia Commons)
Em 2006, foi eleito
governador de Pernambuco com mais de 60% dos votos válidos. Em 2010, foi reeleito com a maior porcentagem dos votos válidos de todo o Brasil: 83%.
- 6. Parceria com Lula e Dilma
6 /10(Aluísio Moreira/Divulgação)
Em 2009, Campos integrou a campanha da eleição de
Dilma Rousseff . Em 2010, chegou a afirmar que apoiaria a presidente em 2014, mas, desde 2013, vinha dando sinais de rompimento com o rumo político que o governo tomava.
- 7. Campanha para a presidência
7 /10(Antonio Cruz/ABr)
Em abril deste ano, Eduardo Campos deixou o cargo de governador do Pernambuco para concorrer à Presidência do Brasil pelo PSB, ao lado de
Marina Silva . Campos e Marina estavam em 3º lugar na corrida eleitoral para a presidência da República.
O futuro da campanha ainda é incerto. - 8. Suassuna
8 /10(Divulgação/ Flickr Eduardo Campos)
- 9. Mãe
9 /10(Roberto Pereira/Divulgação)
Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, também seguia a veia política da família. Membro do PSB desde 1990, foi eleita Deputada Federal em 2006. Em 2010, foi reeleita, mas deixou o cargo em 2011 para ocupar a cadeira de Ministra do Tribunal de Contas da União.
- 10. Família
10 /10(Divulgação/Facebook/Eduardo Campos)
Eduardo Campos deixa a esposa, Renata Campos, e cinco filhos. O mais novo integrante da
família , Miguel, nasceu em janeiro deste ano. Triste coincidência, ele morreu no mesmo dia que o avô, de quem herdou a veia política: 13 de agosto de 2005.