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Randolfe Rodrigues pede ao Supremo que suspenda CPMI da JBS

Para o senador, o propósito da comissão é o revanchismo contra membros do Ministério Público e do Judiciário

Randolfe Rodrigues: o senador pede que, caso a CPMI não seja suspensa, que ao menos seja impedida de examinar delações premiadas (Geraldo Magela/Agência Senado)

Randolfe Rodrigues: o senador pede que, caso a CPMI não seja suspensa, que ao menos seja impedida de examinar delações premiadas (Geraldo Magela/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 12h55.

Brasília - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ajuizou nesta quarta-feira, 20, um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede a suspensão da CPMI da JBS no Congresso. Segundo ele, o propósito da comissão é o revanchismo contra membros do Ministério Público e do Judiciário.

"O suposto propósito desta CPMI seria travar uma disputa política da coalizão governista, fortemente abalada pelo conteúdo das colaborações e das evidências a elas anexadas, com o Sistema de Justiça", afirma Randolfe no pedido.

Para justificar o mandado, o senador, que é um dos integrantes da CPMI, cita o fato de quase metade dos requerimentos apresentados até agora destinarem-se ao convite ou à convocação de membros do Ministério Público, ligados à Operação Lava Jato.

Randolfe também cita entrevista do relator da CPMI, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), ao jornal O Globo, em que o peemedebista admite que o objetivo é "investigar quem nos investigou".

No mandado, o senador pede que, caso a CPMI não seja suspensa, que ao menos seja impedida de examinar delações premiadas, "cuja análise cabe apenas ao Poder Judiciário e ao próprio Ministério Público, vetando-se a convocação de procuradores para seu constrangimento ilegal nesta CPMI".

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