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Randolfe faz desagravo a Freixo ao lançar candidatura

Senador lançou sua pré-candidatura prometendo que vai apoiar às manifestações contra a Copa do Mundo marcadas para junho


	Randolfe Rodrigues (PSOL-AP): senador fez críticas a "tática Black Bloc", que consiste em depredar símbolos do capitalismo e entrar em conflito com a Polícia Militar
 (Antônio Cruz/ABr)

Randolfe Rodrigues (PSOL-AP): senador fez críticas a "tática Black Bloc", que consiste em depredar símbolos do capitalismo e entrar em conflito com a Polícia Militar (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 20h58.

São Paulo - O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) lançou nesta segunda-feira, 24, em São Paulo, sua pré-candidatura à Presidência prometendo que vai apoiar às manifestações contra a Copa do Mundo marcadas para junho, mas fez críticas a "tática Black Bloc", que consiste em depredar símbolos do capitalismo e entrar em conflito com a Polícia Militar.

"Vamos apoiar qualquer protesto, mas vamos torcer pelo Brasil na Copa", disse o parlamentar. "Nós abominamos a violência, seja de quem for. Somos contra a tática Black Bloc".

Durante o evento, foi feito um desagravo ao deputado estadual fluminense Marcelo Freixo (PSOL), que foi acusado de ter ligação com manifestantes Black Bloc.

Ao se referir a manifestação desse fim de semana em São Paulo, que teve um saldo de mais de 100 detenções e jornalistas agredidos, Randolfe disparou contra a PM. "O que aconteceu em São Paulo foi fascismo", afirmou.

Em conversa com os jornalistas, o pré-candidato do PSOL deixou claro que, durante a campanha, vai criticar os três principais candidatos ao Palácio do Planalto - presidente Dilma Rousseff (PT), ao governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB). "O pau que baterá em Chico alcançará o Francisco", disse Randolfe.

Sobre o PSDB, ele contou que mantém uma boa relação pessoal com Aécio Neves, presidente da legenda, mas disse que os tucanos "são responsáveis pelo modelo de dependência da economia".

A aliança entre a ex-ministra Marina Silva e Eduardo Campos também entrou em sua linha de tiro. "Até a véspera da aliança, ele (Campos) estava conversando com o (Ronaldo) Caiado (deputado ruralista do DEM). Essa união parece com gato com lebre".

O PSOL tenta costurar um acordo com outras duas siglas de esquerda para a campanha - PSTU e PCB. Nenhuma delas tem representantes no Congresso e, portanto, não contam com tempo de TV. O pré-candidato afirmou, ainda, que a campanha não aceitará doações do agronegócio, bancos e empreiteiras. "Nossa prioridade será receber doações de pessoas físicas", afirmou.

Randolfe minimizou a ausência no evento da ex-senadora Heloísa Helena, que disputou à Presidência pelo PSOL em 2006. Pré-candidata ao senado em Alagoas, ela se afastou do partido e deve ingressar na Rede de Marina Silva quando a legenda for aprovada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Duvido que ela apoie outro candidato", afirmou.

"Ela disse que vai nos apoiar", completou Luciana Genro, pré-candidata a vice na chapa do PSOL.

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