Ricardo Salles: ministro do Meio Ambiente (Marcos Corrêa/PR/Flickr)
Reuters
Publicado em 25 de outubro de 2020 às 19h33.
Última atualização em 25 de outubro de 2020 às 19h33.
Os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) anunciarem que fizeram as pazes em publicações no Twitter neste domingo, depois de embate iniciado por Salles e encampado pela ala ideológica do governo, que teve como resposta apoio do centrão e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado a Ramos.
Em publicações na rede social, tanto Ramos quanto Salles disseram ter conversado, superado a divergência e afirmaram estarem juntos pelo presidente Jair Bolsonaro.
Conversei com o Min @MinLuizRamos , apresentei minhas desculpas pelo excesso e colocamos um ponto final nisso. Estamos juntos no governo, pelo Pres. Bolsonaro e pelo Brasil. Bom domingo a todos.
— Ricardo Salles (@rsallesmma) October 25, 2020
Ramos, por sua vez, disse ter tido uma conversa apaziguadora com o colega de Esplanada.
"Uma boa conversa apazigua as diferenças. Intrigas não resolvem nada, muito menos quando envolvem questões relacionadas ao país. Eu e o @rsallesmma prosseguimos juntos em nome do nosso presidente @jairbolsonaro e em prol do Brasil", afirmou.
O embate começou no final da quinta-feira, quando Salles mencionou no Twitter uma nota do jornal O Globo que não citava Ramos e que afirmava que o titular do Meio Ambiente estava esticando a corda com a ala militar do governo. Na publicação, o ministro do Meio Ambiente afirmou que o chefe da Secretaria de Governo tinha uma postura de "Maria Fofoca".
@MinLuizRamos não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca pic.twitter.com/FAjmpTFn9L
— Ricardo Salles (@rsallesmma) October 23, 2020
Salles foi apoiado na sexta por parlamentares da ala ideológica do governo, entre eles o filho do presidente deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e, no sábado, reportagem do jornal Folha de S. Paulo afirmou que o núcleo ideológico pressionava o presidente para tirar Ramos do cargo.
No mesmo dia, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assim como lideranças do centrão, também foram ao Twitter elogiar Ramos e criticar Salles. Maia afirmou que Salles, além de, nas palavras dele, destruir o meio ambiente, estava tentando destruindo o governo.
Alcolumbre, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), usaram a mesma rede social para exaltar o papel de Ramos na articulação política do governo e na busca por formar uma base parlamentar de apoio a Bolsonaro.