Silhueta de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto - 24/09/2015 (REUTERS)
Talita Abrantes
Publicado em 29 de setembro de 2015 às 09h36.
São Paulo – Mais de um milhão de pessoas já assinaram a petição online que clama pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo levantamento do site Change.org, esse é o maior abaixo-assinado já criado na plataforma por usuários brasileiros.
No mundo, a petição lançada pela Frente Parlamentar Pró-Impeachment é a segunda a atingir mais rapidamente 1 milhão de assinaturas. Em menos de dez dias desde a sua criação, o documento online já havia alcançado a marca.
A cidade de São Paulo lidera em número de apoiadores – metade dos usuários que participam da petição moram no estado. O Rio de Janeiro vem em seguida com 12,9% e Belo Horizonte em terceiro, com 7,7%.
Cidade | % do total de assinantes |
---|---|
São Paulo | 55,20% |
Rio de Janeiro (RJ) | 12,90% |
Belo Horizonte (MG) | 7,70% |
Curitiba (PR) | 6,10% |
Brasília (DF) | 4,40% |
Recife (PE) | 3,70% |
Salvador (BA) | 3,40% |
Campinas (SP) | 3,20% |
Fortaleza | 3,10% |
Outros | 0,30% |
Os homens são maioria entre os assinantes da petição – eles representam 55% do total. De acordo com o levantamento, a maior parte dos apoiadores foram conduzidos à plataforma por meio do site do Movimento Pró-Impeachment, que é encabeçado por um grupo de parlamentares da oposição.
Foram esses deputados que apresentaram uma questão de ordem para que Eduardo Cunha, presidente da Câmara, apresentasse o trâmite dos pedidos de impedimento da presidente.
Os ritos foram apresentados por Cunha na semana passada. Ontem, ele afirmou que deve começar a analisar os pedidos de impeachment nos próximos dias.
Na prática, qualquer cidadão pode entrar com uma denúncia contra a presidente por crimes de responsabilidade, mas cabe ao presidente da Câmara dos Deputados julgá-la procedente e abrir uma comissão especial para analisar o pedido.
Para que o processo de impeachment seja aberto, dois terços dos deputados devem votar a favor da sua instalação. O Senado então deve decidir, na mesma proporção, se o mandato pode ser interrompido ou não.
Na última pesquisa Datafolha, 66% dos brasileiros apoiavam a destituição do poder de Dilma. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 74% compartilhavam dessa opinião.