Quem são as testemunhas que vão acusar e defender Dilma

Brasília - A partir desta quinta-feira (25), o Senado começa a fase final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O processo será dividido em quatro etapas. Na primeira, que vai de hoje até o final de semana, serão ouvidas as testemunhas de defesa e acusação.

As oito testemunhas terão papel essencial no julgamento final. Ao todo, são seis testemunhas de defesa e duas de acusação.
Convocados pela acusação, Júlio Marcelo de Oliveira e Antonio Carlos Carvalho D’Ávila Carvalho Júnior serão os primeiros a falar no julgamento. Na sequência, será a vez das testemunhas da defesa: Luiz Cláudio Costa, Luiz Gonzaga Belluzzo, Nelson Barbosa, Esther Dweck, Ricardo Lodi e Geraldo Prado.

Acusação

Procurador no Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira foi auditor de Controle Externo no TCU. Ele também atuou como chefe de gabinete de procurador-geral e de ministro da entidade. Bacharel em Ciência da Computação e em Direito, pela Universidade de Brasília (UnB), trabalhou como consultor legislativo no Senado.

Auditor federal de Controle Externo do TCU, Antonio Carlos Costa D’Ávila Carvalho Junior atuou na Secretaria de Controle Externo da Fazenda Nacional e na Secretaria de Macroavaliação Governamental. Formado em Administração de Empresas e especialista em Orçamento Público, trabalha como professor de pós-graduação da UnB e também da Escola de Administração Fazendária.

Defesa

Luiz Cláudio Costa ocupou os cargos de ex-secretário executivo do Ministério da Educação e ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), durante o governo de Dilma. Já liderou equipes de especialistas em mudanças climáticas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Doutor pela Universidade de Reading (Inglaterra), atua como professor de graduação e pós-graduação da UFV.

Professor titular da Unicamp, Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo do ex-presidente José Sarney e secretário de Ciência e Tecnologia de São Paulo na gestão do ex-governador de Orestes Quércia. Formado em Direito e Ciências Sociais pela USP, Belluzzo tem pós-graduação em Desenvolvimento Econômico pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) e é doutor em economia pela Unicamp.

Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nelson Barbosa foi ministro do Planejamento e da Fazenda no governo Dilma. É mestre pela UFRJ e doutor pela New School of Social Research, de Nova York. Presidiu o Conselho do Banco do Brasil e foi membro do Conselho de Administração da Vale. Atua como professor da Escola de Economia de São Paulo (FGV-EESP) e do Instituto de Economia da UFRJ.

Ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck é formada em Ciências Econômicas pela UFRJ e tem doutorado em Economia da Indústria e Tecnologia pela mesma universidade. No passado, atuou como chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e subchefe de acompanhamento de políticas governamentais da Casa Civil. É professora adjunta do Instituto de Economia da UFRJ, na área de Macroeconomia.

Desde 2008, Ricardo Lodi é professor-adjunto de Direito Financeiro da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Geraldo Luiz Mascarenhas Prado se formou em Direito pela UERJ, com mestrado e doutorado em Direito pela Universidade Gama Filho. É pesquisador do Centro de Investigação em Direito Penal e Ciências Criminais da Universidade de Lisboa.