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Os brasileiros que fizeram de 2016 um ano histórico na política

Alguns deles se destacaram tanto no processo que destituiu Dilma Rousseff do poder, como nas investigações da Operação Lava Jato; confira

Valéria Bretas

Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 14h00.

Última atualização em 29 de dezembro de 2016 às 14h04.

São Paulo -  Nos conturbados dias deste ano, um grupo seleto de brasileiros assumiram o protagonismo das principais mudanças que fizeram de 2016 um ano histórico. Veja quem são eles:

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Michel Temer -

O PMDB de Michel Temer não mediu esforços para viabilizar o impeachment de Dilma Rousseff, com quem o atual presidente chegou ao poder em 2011. De “vice decorativo” – como ele mesmo se descreveu em uma carta endereçada a Dilma no ano passado –, o peemedebista ocupa a presidência da República desde maio deste ano. Apesar de ter formado uma forte base aliada no Congresso, o novo governo não passou imune a uma onda de escândalos. Em seis meses, perdeu seis ministros.
  • 2 /8(./Reprodução)

  • Dilma Rousseff -

    A petista foi a personagem central da trama de 2016 mesmo ficando só  quatro meses e 12 dias no poder, quando foi afastada do exercício da presidência. Em agosto deste ano, Dilma Rousseff se tornou a segunda presidente desde a redemocratização a sofrer impeachment sob acusação de ter cometido crime de responsabilidade ao ter praticado "pedaladas fiscais" e ao editar três decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. Desde então, sua vida se divide entre Porto Alegre e Rio de Janeiro, passeios de bicicleta e entrevistas com críticas ao atual governo.
  • 3 /8(Rodolfo Buhrer/Reuters)

    Eduardo Cunha -

    Como presidente da Câmara dos Deputados, o peemedebista foi o responsável por acolher o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff no final de 2015. Dias depois de conduzir as sessões que determinaram a aprovação do texto, ele foi afastado da presidência da Câmara sob a acusação de estar obstruindo as investigações da Lava Jato. Sua cassação, de fato, só aconteceu em setembro, quando apenas 10 parlamentares o apoiaram. Em outubro, ele foi preso em Brasília por ordem do juiz Sergio Moro, no âmbito das investigações da Lava Jato.
  • 4 /8(Ricardo Stuckert / Instituto Lula/Divulgação)

    Luiz Inácio Lula da Silva -

    O ex-presidente Lula teve um ano que, provavelmente, gostaria de esquecer. Além de se tornar réu em cinco ações penais (três no âmbito da Operação Lava Jato, uma na Operação Zelotes e outra na Operação Janus), o ex-presidente viu o governo que conduziu ao poder ruir com o impeachment de Dilma Rousseff. Antes disso, tentou voltar ao governo como ministro chefe da Casa Civil, manobra suspendida pela Justiça. Mesmo assim, continua em alta nas pesquisas de opinião para as eleições presidenciais para 2018.
  • 5 /8

    Janaína Paschoal —

    Co-autora da denúncia do impeachment de Dilma, a professora de Direito da Universidade de São Paulo (USP) ganhou notoriedade neste ano por seus discursos inflamados contra Dilma Rousseff  durante o processo de deposição da ex-presidente do poder. Mais recentemente, a advogada não economizou nas críticas ao governo de Michel Temer, depois que o peemedebista decidiu manter o então ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) no cargo mesmo após acusações de tráfico de influência.
  • 6 /8(Reuters/Reuters Brazil)

    Renan Calheiros —

    Conhecido como um dos últimos aliados de Dilma Rousseff no Congresso, Renan assombrou petistas ao votar de maneira favorável ao impeachment da então presidente. Na mira de investigações da Operação Lava Jato, o presidente do Senado declarou guerra ao Judiciário nos últimos meses do ano. Em dezembro, Renan se tornou réu pela primeira vez em uma ação penal no STF. Dias depois, ignorou uma decisão liminar da mais alta corte do país que determinava seu afastamento da chefia do Senado e fez de tudo para colocar em votação uma projeto de lei que permitiria a punição de membros do Judiciário por abuso de poder. Acabou sendo denunciado na Lava Jato por suposto recebimento de propina e lavagem de dinheiro.
  • 7 /8(Dorivan Marinho/SCO/STF/Divulgação)

    Cármen Lúcia —

    Em setembro deste ano, a jurista se tornou a segunda mulher a presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) em 125 anos. Durante dois anos, a magistrada comandará a mais alta Corte do país com a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que cuida de ações contra magistrados. Com isso, ela ficou de um dos lados do fogo cruzado entre Congresso e Judiciário nos últimos meses - para acalmar os ânimos, acabou optando pela cautela no processo que decidia o futuro de Renan Calheiros na presidência do Senado. Neste ano, o STF também virou protagonista dos conflitos políticos: tomou decisões relacionadas aos desdobramentos da Operação Lava Jato e agiu como condutor no curso do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
  • 8 /8(foto/Reuters)

    Marcelo Odebrecht —

    Depois de se tornar um dos principais alvos da Lava Jato, Marcelo Odebrecht e outros 76 dirigentes da empreiteira que leva seu sobrenome assinaram acordos de delação premiada e já começaram a denunciar o caminho da propina no setor público. Entre os citados nas denúncias está o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-presidente Lula e o presidente Michel Temer - entre tantos outros.
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