Waldir Maranhão: novo presidente da Câmara também é investigado na Lava Jato (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Rita Azevedo
Publicado em 9 de maio de 2016 às 12h35.
São Paulo — Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados na semana passada, surpreendeu nesta segunda-feira ao anular o processo de impeachment de Dilma Rousseff no Congresso.
De acordo com a decisão, divulgada por nota, as sessões da Câmara que resultaram na admissibilidade do processo contra Dilma serão anuladas e uma nova sessão será realizada nos próximos dias.
Maranhão atendeu um pedido protocolado pela Advocacia-geral da União (AGU) no último dia 25 de abril.
Quem é Maranhão?
Natural de São Luís (MA), Maranhão exerce o terceiro mandato na Câmara, tendo recebido 66.274 votos nas últimas eleições. Desde fevereiro, assume o posto de vice-presidente da Casa.
Considerado um dos grandes aliados de Eduardo Cunha, o maranhense foi peça fundamental nas manobras do peemedebista para se livrar de um processo no Conselho de Ética da Câmara. Foi ele quem, por exemplo, fez com que as investigações no Conselho voltassem ao ponto zero e quem tirou Fausto Pinato (PP-SP) da relatoria do processo.
Apesar de acompanhar Cunha em suas decisões, Maranhão surpreendeu durante a análise do impeachment de Dilma votando contra a admissibilidade do processo.
Lava Jato
Alvo da operação Lava Jato, o deputado é citado pelo doleiro Alberto Yousseff como um dos políticos que receberam pagamentos mensais no esquema de corrupção da Petrobras.
No STF, ele também responde outros dois inquéritos por suposta lavagem de dinheiro ou ocultação de bens.
Texto atualizado em 09/05, às 12:17.