- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Queiroz Galvão tem lista de valores vinculados a partidos, diz PF
A anotação manuscrita é dividida em seis colunas com os anos de 2014, 2013, 2008, 2009, 2010 e 2012. Em cada uma delas há lançamentos de valores
Modo escuro
PF: o relatório não indica se os pagamentos são relativos a propinas ou caixa 2
Publicado em 9 de novembro de 2016 às, 15h03.
A Polícia Federal apreendeu na casa do ex-presidente da empreiteira Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho anotações manuscritas que indicam valores associados a partidos políticos. O papel foi destacado em relatório da Federal anexado aos autos da Operação Lava Jato na sexta-feira, 4.
No documento, a PF descreve a apreensão. "Folha manuscrita onde constam datas, valores e nome dos seguintes partidos políticos, conforme print abaixo. DEM, PCdoB, PDT, PMDB, PR, PTB, PSC, PSDB, PT, PV, PTC, PRB, PP, PSD e SD."
O relatório não indica se os pagamentos são relativos a propinas ou caixa 2.
As doações empresariais foram proibidas a partir das eleições de 2016.
No pleito de 2014, a Construtora Queiroz Galvão doou R$ 15 milhões ao PT, R$ 9 milhões ao PMDB, R$ 5,4 milhões ao PSDB, R$ 4,2 milhões ao PSD, R$ 3,4 mi ao PSB, R$ 3,3 milhões ao PDT, R$ 2,4 milhões ao DEM, R$ 2,3 milhões ao PP, R$ 1,9 milhão ao SD, R$ 1,4 milhão ao PTB, R$ 1,3 milhão ao PR, R$ 575 mil ao PSC, R$ 412 mil ao PRB, R$ 261 mil ao PPS e R$ 229 mil ao PCdoB.
Ildefonso cumpre prisão domiciliar na Lava Jato. O executivo havia sido preso em agosto deste ano na Operação Resta Um, 33ª fase da Lava Jato.
A anotação manuscrita é dividida em seis colunas com os anos de 2014, 2013, 2008, 2009, 2010 e 2012. Em cada uma delas há lançamentos de valores. No ano de 2008, estão relacionados 16 partidos políticos. O relatório de 7 de outubro deste ano é subscrito pelo agente de Polícia Federal Carlos Egídio de Jesus.
Em depoimento à Lava Jato em 16 de novembro de 2014, Ildefonso informou que trabalhou na Queiroz Galvão por 40 anos. Lá, segundo afirmou, 'exerceu atividades, de estagiário até presidente'.
Ildefonso Colares Filho é réu em ação penal por corrupção ativa. Ele e o empresário Erton Medeiros, ligado à Galvão Engenharia, são acusados pelo suposto oferecimento de R$ 10 milhões em propina, em 21 de outubro de 2009, ao então presidente do PSDB Sérgio Guerra (falecido em 2014).
A Procuradoria da República no Paraná aponta que os valores foram repassados a Guerra para barrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás daquele ano e teriam sido intermediados pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva.
Defesas
Eduardo Sanz, advogado que defende Ildefonso Colares Filho afirmou que ele e seu cliente "não se manifestam sobre o conteúdo de investigações que estão em andamento".
O Partido Trabalhadores afirmou que não vai se manifestar.
O PSDB afirmou que desconhece as anotações e disse que "todas as doações recebidas pelo partido estão devidamente registradas no TSE".
O PSC afirmou que, "em 2008, a Queiroz Galvão doou R$ 200 mil para o PSC. É importante ressaltar que em 2008 era permitida a doação de empresas a partidos políticos. A prestação de contas do PSC em 2008 foi aprovada pelo TSE e consta em recibo. O PSC não possui qualquer ligação com a empresa, tanto que essa doação aconteceu há 8 anos atrás."
O Solidariedade comunica que desconhece o executivo Ildefonso Colares Filho, assim como não tem relação alguma com a empresa Queiroz Galvão. Sendo assim, o partido também ignora a informação do documento enviado pelo jornal "O Estado de S.Paulo" à nossa assessoria de imprensa e reforça que o texto não apresenta nenhum valor para a legenda.
O Partido da República (PR) afirmou que não comenta conteúdos de investigação policial ou assuntos submetidos ao exame do Poder Judiciário.
O PDT diz que recebeu doações eleitorais, nacionais e regionais, da Queiroz Galvão de acordo com a legislação à época, e todas foram declaradas na prestação de contas dos candidatos.
O PRB afirmou não tem o que dizer a respeito de anotações de terceiros. O presidente do partido em exercício e o licenciado não conhecem nem têm relacionamento com esta pessoa. Ambos não eram nem filiados ao partido em 2008. Ademais, a anotação traz um "0" cortado por um traço na frente da sigla, o que pode não significar absolutamente nada.
O PV alegou que todas as contribuições e doações feitas ao partido, referentes às campanhas mencionadas (2008, 2010 e 2012), ou qualquer outra, foram contabilizadas e registradas junto à Justiça Eleitoral.
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano
Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis
Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil
Poupança, CDB ou conta que rende? O que especialistas dizem sobre as aplicações
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.