Manaus: avião caiu na região metropolitana da capital (Fernando Vivas/VEJA/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de maio de 2018 às 17h41.
São Paulo - A queda de um monomotor em uma área de mata em Itacoatiara, na região metropolitana de Manaus, matou o piloto e o copiloto na manhã de quarta-feira, 16.
Além dos corpos, a Polícia Civil do Amazonas encontrou 23 barras de ouro, avaliadas em cerca de R$ 1,5 milhão, perto dos destroços da aeronave.
Segundo a polícia, o monomotor, de matrícula PR-RCJ, caiu por volta das 9 horas nas proximidades da Comunidade São Francisco do Pair, na zona rural de Itacoatiara. Ele havia saído do município de Itaituba, no Pará, e tinha como destino Manaus.
O piloto Antônio Renan Azevedo, de 28 anos, e o copiloto José Souza de Oliveira, de 47, eram os únicos ocupantes da aeronave.
Os corpos das vítimas foram levados ao Hospital José Mendes, em Itacoatiara, e posteriormente encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). Equipes dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), da Força Aérea Brasileira (FAB), sobrevoaram o local para investigar as causas da queda do monomotor.
De acordo com a polícia, um garimpeiro de 29 anos afirmou que havia contratado Azevedo e Oliveira para realizar o transporte do ouro e que o material encontrado com as vítimas pertencia a ele.
"Um garimpeiro encontrou, no momento das buscas, uma caixa de ferramentas em meio aos destroços que ele afirmou ser dele. Dentro do objeto encontramos as barras de ouro que, somadas, totalizam 9,5 quilos do elemento químico", afirmou, em nota, o delegado Paulo César Barros, titular da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Itacoatiara.
O homem disse ainda aos policiais que tem garimpos no Amazonas e no Pará. Ele foi conduzido para prestar depoimento sobre a procedência do material.
"Ele deve apresentar o documento comprovando que o ouro provém de um garimpo legalizado, caso contrário, um inquérito policial (IP) será instaurado para investigar a situação", declarou Barros.
As barras de ouro foram apreendidas e levadas nesta quinta-feira, 17, ao prédio da Delegacia Geral, na capital amazonense, com o apoio do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera).
O delegado Mateus Moreira, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI) da Polícia Civil do Amazonas, informou, em nota, que denúncias sobre crimes cometidos em garimpos devem ser formalizadas nas delegacias das respectivas regiões onde estão situados.
"Nós compartilhamos essas investigações com a Polícia Federal (PF), para que ela também tome as providências cabíveis sobre a extração ilegal de minério", afirmou Moreira.