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Quebra quebra no Rio

A região central do Rio de Janeiro transformou-se nesta quarta-feira em uma verdadeira praça de guerra durante confronto entre homens do Batalhão de Choque e servidores que protestam contra o pacote de arrocho do governo Pezão. Por volta das 13 horas, um grupo de manifestantes tentaram invadir a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), […]

CENTRO DO RIO: confronte entre tropa de choque e servidores que protestaram contra o pacote de arrocho do governo  / Ricardo Moraes/ Reuters

CENTRO DO RIO: confronte entre tropa de choque e servidores que protestaram contra o pacote de arrocho do governo / Ricardo Moraes/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 13h43.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h26.

A região central do Rio de Janeiro transformou-se nesta quarta-feira em uma verdadeira praça de guerra durante confronto entre homens do Batalhão de Choque e servidores que protestam contra o pacote de arrocho do governo Pezão. Por volta das 13 horas, um grupo de manifestantes tentaram invadir a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), cercada por grades. Outro, formado por policiais e agentes penitenciários, fez uma corrente humana para evitar a invasão. Foi então que começou a confusão: a primeira grade foi derrubada e teve início a ação do Choque.

O confronto rapidamente se espalhou pelos arredores do Palácio Tiradentes: enquanto parte dos servidores tentava invadir o prédio, outros manifestantes tentavam conter a ação. Focos de briga se formaram em diversas partes – tudo ao som de bombas de gás lacrimogêneo e dos tiros de balas de borracha disparados pela polícia. Ao menos um policial civil foi ferido no rosto.

O batalhão de choque da Polícia Militar se posicionou na frente do prédio para evitar que o palácio fosse ocupado novamente pelos manifestantes, como aconteceu na semana passada. Funcionários das mais diversas áreas, incluindo Saúde, Educação, Segurança, Ministério Público e Previdência, se concentraram em frente à Alerj para participar do ato. Os manifestantes chamavam as grades de “muro da vergonha” e seguravam faixas em que chamam a Assembleia de “presídio de políticos”.

Diretor secretário do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Odonclei Boechat disse que os atos vão se suceder em todos os dias em que houver discussão e votação das medidas de Pezão, que visam ao reequilíbrio das contas do Estado, mergulhado num déficit de 17,5 bilhões de reais. A mais controversa é a que aumenta a contribuição previdenciária dos ativos e inativos.

“O (Jorge) Picciani (presidente da Alerj, deputado pelo PMDB) divulgou o calendário de discussões para desmobilizar os servidores. Ele pode mudar a ordem como quiser,que estaremos aqui. Uma das nossas preocupações é a perda do nosso triênio. Se não temos aumento, ele é nossa única salvação. Os sindicatos estão se reunindo e vamos nos revezar nos atos. A pressão dá resultado”, afirmou Boechat.

Pezão pediu e o Ministério da Justiça enviou agentes da Força Nacional Segurança para reforçar a guarda da Alerj, mas não foi possível ver se eles de fato participaram do esquema de segurança.

Na semana passada, os servidores invadiram a Alerj, em protesto contra as medidas anticrise. Eles tomaram o plenário, sentaram nas cadeiras dos deputados e ocuparam as galerias do segundo andar, onde costuma ficar o público que assiste as votações. Um sinalizador de fumaça chegou a ser aceso no plenário, na ocasião.

(Leslie Leitão/ Veja.com/ Com Estadão Conteúdo)

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