Na Rocinha, na zona sul, que conta com uma UPP, moradores se assustaram com intenso tiroteio por volta das 9h30 deste domingo (Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2015 às 17h38.
Rio de Janeiro - Quatro favelas do Rio que contam com ocupação permanente de forças de segurança registraram confrontos com traficantes de drogas entre a noite de sábado, 16, e a manhã deste domingo, 17.
No Morro da Mangueira, na zona norte, que tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o comerciante Alexandre Oliveira, de 36 anos, que saía para o trabalho, morreu, por volta das 21 horas do sábado, na porta de casa, diante de duas filhas, de seis e três anos.
Oliveira foi atingido na cabeça por um tiro depois de se despedir das crianças.
A família do comerciante está revoltada, disse que o socorro foi demorado e que pretende processar o Estado. Ele tinha outros dois filhos e sua mulher está grávida do quinto.
A casa de Oliveira fica em frente a um contêiner da UPP e segundo a polícia, traficantes que resistem à presença da UPP enfrentaram os PMs, daí o tiroteio. Ninguém foi preso.
No sábado pela manhã, na Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, na zona norte - de onde as Forças Armadas, depois de ocupação de um ano, estão saindo gradualmente para dar lugar à PM -, um morador ficou ferido numa troca de tiros com traficantes.
Militares informaram que faziam patrulhamento de rotina quando foram atacados. Não foram divulgadas informações sobre a vítima, apenas que o tiro teria sido disparado por um criminoso. A substituição de 3.300 militares pela PM começou no dia 1º de abril e vai até 30 de junho.
Na Rocinha, na zona sul, que conta com uma UPP, moradores se assustaram com intenso tiroteio por volta das 9h30 deste domingo. Segundo a UPP, policiais foram atacados por criminosos. Ninguém foi preso.
No Complexo do Alemão, na zona norte, que também possui UPP, foi ouvida troca de tiros pela manhã. A polícia afirma que os traficantes provocaram o embate. Não foram divulgadas informações sobre feridos nem sobre prisões.