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Quarentena emergencial em SP é prorrogada por mais 2 semanas; veja regras

Em todo o estado somente os serviços essenciais podem funcionar, há toque de recolher noturno, e ainda é obrigatório o teletrabalho

 (Eduardo Frazão/Exame)

(Eduardo Frazão/Exame)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 26 de março de 2021 às 12h50.

Última atualização em 26 de março de 2021 às 13h56.

O governo de São Paulo prorrogou a quarentena chamada de emergencial por mais duas semanas. A fase mais restritiva começou no dia 15 de março e tinha previsão de acabar no próximo dia 30. Agora, vai até o dia 11 de abril. Neste período, em todo o estado só é permitir o funcionamento de serviços essenciais, como farmácias, supermercados e postos de gasolina. Fica obrigatório ainda o teletrabalho para serviços administrativos.

Quando a medida mais extrema foi adotada, o objetivo era fazer com que os números de mortes, internações e de casos caíssem. Os membros do Centro de Contingência da covid-19 do estado de São Paulo vinham dizendo que era necessário esperar pelo menos sete dias para sentir os reflexos das restrições. Passados 12 dias, os números são ainda piores.

Nesta sexta-feira, 26, o estado de São Paulo bateu um novo recorde de mortes registradas no período de um dia: 1.193. O último pico tinha sido registrado na semana passada, no dia 23, quando ficou em 1.021. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 91,6% tanto no estado quanto na Grande São Paulo. Como o o valor é uma média, já há unidades em que a capacidade atingiu os 100%.

"Todos nós sabemos que o país vive o pior momento da pandemia, pelo nível de transmissão e número de casos. E temos conversado ao longo de várias semanas sobre recomendações que o governo tem implementado para reduzir a velocidade da doença. Temos ainda um aumento progressivo de internações e de perda de vidas, mas um pouco menor do que antes das medidas", disse Paulo Menezes, coordenador do comitê de saúde, em entrevista coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

(Divulgação/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Na quarentena emergencial o governo adotou medidas até então inéditas, como um toque de recolher. É proibido circular nas ruas em todo o estado das 20h às 5h sem que haja um motivo justificável, como voltar do trabalho ou ir um atendimento médico urgente, por exemplo. Os agentes de segurança fazem blitze para verificar o motivo das pessoas estarem fora de casa. Apesar disso, não há multa ou punição, apenas orientação.

(Divulgação/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Outras restrições envolvem setores que até então eram considerados essenciais. Lojas de materiais de construção, por exemplo, estão proibidas de abrir. Outra alteração é a retirada de alimentos em restaurantes, que passou a ser proibida. A modalidade delivery está permitida a qualquer hora do dia, e a de drive-thru somente no período noturno, das 5h às 20h. As praias e os parques estão fechados.

Restrições da fase emergencial

  • Apenas atividades essenciais podem funcionar, como supermercados, açougues, padarias, feiras livres, farmácias, postos de gasolina, petshops
  • Comércio, shoppings, academias, salões de beleza, bares precisam ficar fechados
  • Restaurantes: é permitida a entrega (delivery) por 24h. A compra sem sair do carro (drive-thru) vale das 5h às 20h. Consumo no local e a retirada direta de comida são proibidos
  • Teletrabalho de serviços administrativos é obrigatório
  • Parques e praias ficam fechados
  • Venda de bebida alcoólica só é permitida entre 6h e 20h
  • Qualquer tipo de aglomeração é proibido
  • Toque de recolher das 20h às 5h
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