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Qualquer brasileiro poderá se vacinar contra a covid-19 em SP, diz governo

De acordo com o governador João Doria, os postos de saúde não vão exigir comprovante de residência para aplicar a vacina

 (Amanda Perobelli/Reuters)

(Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 7 de dezembro de 2020 às 14h39.

Última atualização em 28 de dezembro de 2020 às 16h36.

O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 7, que a vacinação contra a covid-19 no estado começa no dia 25 de janeiro. Na primeira fase serão imunizados 9 milhões de profissionais de saúde e idosos. De acordo com o governador João Doria (PSDB), não será necessário comprovar residência para receber a vacina.

"Todo e qualquer brasileiro que estiver em solo do estado de São Paulo e pedir a vacina receberá gratuitamente. Não precisará comprovar a residência”, disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Ele ainda disse que não teme uma corrida de outros estados a São Paulo. “Se necessário vamos comprar mais vacina”, afirmou.

O governo estadual comprou a vacina do laboratório chinês Sinovac. A parceria prevê que parte da produção será feita pelo Instituto Butantan.

Apesar da data da campanha de vacinação, os estudos sobre a eficácia do imunizante ainda não terminaram. A vacina também não está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No fim de novembro, o teste da CoronaVac no Brasil atingiu o número mínimo de pessoas infectadas. Com isso, os estudos entraram na última fase de análise para verificar se ela realmente é eficaz contra o coronavírus. Um total de 13.000 voluntários participa do estudo.

Calendário de vacinação

De acordo com o governo de São Paulo, a primeira fase da campanha de vacinação contra o coronavírus vai durar nove semanas, até o dia 28 de março em todos os 645 municípios. Serão imunizados 1,5 milhão de profissionais da saúde, e depois 7,5 milhões de pessoas acima de 60 anos.

Após os trabalhadores da saúde, o calendário vai começar, no dia 8 de fevereiro, pelos idosos com 75 anos ou mais. A vacina será em duas doses, com um intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda.

(Governo de São Paulo/Reprodução)

Estados já pediram para comprar vacina

De acordo com o governador João Doria, pelo menos oito estados já pediram para comprar a vacina desenvolvida pelo Butantan. “Reservamos 4 milhões de doses para os estados e municípios que quiserem”, disse.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), disse na semana passada que reservou 20 milhões de reais para a compra da vacina e que conversou com o governador de São Paulo. A informação foi confirmada por Doria.

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), também conversou com o governo de São Paulo para adquirir a vacina para os seus cidadãos.

Vacinação nacional só em março

Na semana passada, o Ministério da Saúde disse que uma campanha nacional de vacinação contra a covid-19 só deve começar em março de 2021.

O Plano Nacional de Vacinação contra o coronavírus ficará pronto somente depois de uma vacina aprovada pela Anvisa. Internamente, a pasta trabalha com a inclusão de alguns grupos, como os idosos, sendo os primeiros a serem imunizados.

Provavelmente este plano terá quatro fases e a previsão é começar somente em março. Ainda não se sabe se a vacina do Butantan será adquirida pelo governo federal.

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