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PT vê tensão em alianças estaduais com PMDB

Os choques com o PMDB, principal companheiro no âmbito nacional, é atualmente o principal motivo de dor de cabeça para a direção nacional do PT


	Dilma Rousseff: um dos temores levantados na reunião da cúpula do partido foi o de possíveis reflexos que brigas estaduais podem ter na campanha à reeleição da presidente
 (Jason Alden/Bloomberg)

Dilma Rousseff: um dos temores levantados na reunião da cúpula do partido foi o de possíveis reflexos que brigas estaduais podem ter na campanha à reeleição da presidente (Jason Alden/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 15h43.

Brasília - Integrantes da Executiva Nacional do PT fizeram um balanço do cenário de alianças nos estados para a disputa eleitoral deste ano e verificaram que o quadro atual "exige cuidados" para não dar início a uma disputa fratricida com aliados.

Um dos temores levantados na reunião da cúpula do partido, realizada nesta terça-feira, 18, em Brasília, foi o de possíveis reflexos que as brigas estaduais podem ter na campanha à reeleição da presidente Dilma.

Os choques com o PMDB, principal companheiro no âmbito nacional, é atualmente o principal motivo de dor de cabeça para a direção nacional do PT.

"Temos uma ampla aliança no âmbito nacional, mas nos Estados foi apresentado um quadro e verificou-se que há um tensionamento, muita dificuldade, na construção com o PMDB. Nas questões estaduais existem muitas dificuldades. Espero que elas sejam sanadas no próximo período", disse o secretário nacional de organização do PT, Florisvaldo Souza, presente no encontro.

Segundo o dirigente, entre os estados que são alvos de desentendimento estão o Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Rondônia e Paraná. Questionado se o quadro de disputa seria preocupante, Souza afirmou: "É um quadro que exige cuidados e ação política".

A preocupação com um possível impacto na disputa nacional em decorrência das brigas estaduais entre os dois partidos foi externada pela própria presidente Dilma, provável candidata à reeleição.

Em jantar realizado nessa segunda-feira com integrantes da cúpula do PMDB e prefeitos da legenda de São Paulo, ela tocou no assunto e defendeu que a militância mantenha o apoio à reeleição presidencial onde não houver aliança entre as duas siglas.

"Nós temos de tentar reproduzir essa nossa aliança onde nós pudermos, mas isso não significa que no lugar que ela não ocorrer, não será muito bem-vinda a presença, a militância, a participação dos prefeitos das prefeitas", afirmou Dilma no encontro foi realizado no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer.


"Onde não dá para o PT e o PMDB estarem juntos, e em vários lugares pode acontecer isso, temos um outro movimento que é fazer com que a aliança nacional seja cumprida", afirmou secretário nacional de organização do PT. Atualmente, o PT comanda os governos do Rio Grande do Sul, Bahia, Distrito Federal e Acre. A ideia é ter candidatura própria em pelo menos 11 Estados neste ano.

Saída imediata

Além das questões estaduais, o encontro da Executiva Nacional do PT serviu para que fosse aprovada uma resolução em que a cúpula do partido determinasse a saída "imediata" dos filiados de cargos em Pernambuco.

O Estado é governado por Eduardo Campos (PSB), que se afastou do Palácio do Planalto no ano passado deve disputar a eleição presidencial do próximo mês de outubro.

Também foi decidido pela Executiva Nacional que o comando do PT no Maranhão ficará com o atual presidente, Raimundo Monteiro. O imbróglio interno sobre a presidência estadual no Estado se arrastava desde a realização das eleições internas ocorridas em novembro do ano passado.

Com a confirmação de Monteiro, a tendência é que o partido forme uma aliança nas próximas eleições com o PMDB, comandado no Estado pela família Sarney. Uma decisão, no entanto, deve ocorrer apenas em junho, quando devem ocorrer as convenções partidárias.

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