Brasil

PT rejeita recurso contra filiação de Marta Suplicy, que será vice de Guilherme Boulos

Até o fim do ano passado, Marta comandou a Secretaria Municipal de Relações Internacionais na administração de Ricardo Nunes (MDB), que é candidato à reeleição

Marta Suplicy: o recurso para impugnar a filiação de Marta foi apresentado por Valter Pomar (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Marta Suplicy: o recurso para impugnar a filiação de Marta foi apresentado por Valter Pomar (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 27 de março de 2024 às 11h30.

Última atualização em 27 de março de 2024 às 13h09.

Por 39 votos a 13, a cúpula do PT rejeitou nesta terça-feira, 26 o recurso contra a filiação da ex-prefeita Marta Suplicy ao partido. Marta retornou às fileiras petistas após nove anos de afastamento, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para ser candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.

O recurso para impugnar a filiação de Marta foi apresentado por Valter Pomar, dirigente da tendência Articulação de Esquerda, sob o argumento de que a ex-prefeita havia feito "pesadas acusações" contra o PT, jogando luz sobre as denúncias de corrupção. Pomar também lembrou que Marta foi ministra de Dilma Rousseff e em 2016, quando senadora, votou a favor do impeachment da então presidente.

Carreira política

Antes de retornar ao PT, a ex-prefeita teve passagens pelo MDB e Solidariedade. Até o fim do ano passado, ela comandou a Secretaria Municipal de Relações Internacionais na administração de Ricardo Nunes (MDB), que é candidato à reeleição.

"Para contribuir com a candidatura Boulos, inclusive como candidata a vice-prefeita, Marta não precisaria necessariamente estar filiada ao PT", disse Pomar.

Em seu parecer, porém, a secretária de Organização do PT, Sonia Braga, destacou a "relevância política" de Marta, o legado de sua gestão como prefeita e a "necessidade de formar uma frente ampla para enfrentar o bolsonarismo nas eleições de 2024". Desta forma, como esperado, negou provimento ao pedido do dirigente petista, sendo acompanhada pela maioria.

Na prática, Pomar quis marcar posição. Além de ter a bênção de Lula, Marta já cumpre agenda de campanha ao lado de Boulos desde fevereiro. É a primeira vez que o PT não lança candidato próprio à Prefeitura de São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Marta SuplicyLuiz Inácio Lula da SilvaGuilherme BoulosDilma RousseffPT – Partido dos TrabalhadoresEleições 2024

Mais de Brasil

IFI: governo precisa de superávits primários de 2,4% para estabilizar dívida pública

Gilmar diz que investigação sobre golpe 'gera perplexidade e indignação'

Campos Neto: demanda por dólar foi maior que esperada; BC não deseja proteger nível de câmbio

Mais da metade da população indígena no Brasil vive em áreas urbanas, aponta Censo 2022