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PT pede delação premiada no cartel dos trens

A bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo pediu informações sobre o andamento das investigações relativas ao cartel dos trens da CPTM


	Trem da CPTM: cartel teria funcionado no período de 1998 a 2008 (governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB)
 (Edson Lopes Jr/ A2 FOTOGRAFIA)

Trem da CPTM: cartel teria funcionado no período de 1998 a 2008 (governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB) (Edson Lopes Jr/ A2 FOTOGRAFIA)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 22h23.

São Paulo - A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo pediu informações ao procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, sobre o andamento das investigações do Ministério Público Estadual relativas ao cartel dos trens que teria operado no âmbito de licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no período de 1998 a 2008 (governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB).

O pedido foi protocolado nesta segunda-feira, 1, após reunião com Elias Rosa em que os parlamentares reforçaram "a importância do instrumento da delação premiada para os empresários e agentes públicos acusados no cartel de empresas das licitações do Metrô e CPTM".

Até agora, no âmbito criminal,o Ministério Público Estadual já apresentou à Justiça sete denúncias contra mais de 30 executivos por delitos de ordem econômica supostamente envolvidos com o cartel do setor.

A exemplo da Operação Lava Jato - que conta pelo menos 15 delações decisivas para desmontar esquema de corrupção na Petrobras -, o PT em São Paulo sugere o uso desse instrumento para avançar nas investigações sobre o conluio de multinacionais do setor metroferroviário.

No encontro com o chefe do Ministério Público de São Paulo, a bancada do PT -representada pelos deputados José Américo Dias, Carlos Neder e Alencar Santana - e o deputado Carlos Giannazi (PSOL) também solicitaram informações sobre o compartilhamento das investigações com o Ministério Público Federal do Paraná, que comanda a força-tarefa da Operação Lava-Jato.

O compartilhamento foi pedido à Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato, pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, braço do Ministério Público de São Paulo que investiga improbidade.

A bancada do PT na Assembleia de São Paulo destaca o depoimento do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, um dos principais delatores do esquema de propinas na Petrobras. Com o doleiro, a Polícia Federal encontrou uma planilha com informações sobre pelo menos 750 contratos de todos os níveis da administração pública, inclusive em São Paulo, os quais Youssef estaria pretendendo explorar.

Os parlamentares pedem dados sobre todas as ações em andamento e apresentadas à Justiça, com "nomes de empresários, agentes públicos e lobistas, além das respectivas empresas licitadas, consultorias e offshores mencionados em investigações do Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal, CADE e ações da Justiça suíça".

Segundo os parlamentares, o procurador-geral informou que responderá o ofício no prazo de 10 dias, quando pretende convocar uma nova reunião com a bancada do PT.

Na avaliação de José Américo, "o Ministério Público de São Paulo deve reforçar aos acusados esta possibilidade (da delação premiada)".

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