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PT diz não temer delação premiada de Paulo Vieira

Paulo Vieira, apontado como líder do grupo, teria dito que pretende envolver gente "mais graúda" em suas revelações

Paulo Vieira: ex-diretor da ANA espera ser tratado com menos severidade pelo MPF  (ANA)
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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 22h10.

Brasília - Parlamentares da bancada federal do Partido dos Trabalhadores afirmaram nesta sexta-feira (14) que não temem as revelações que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Rodrigues Vieira, apontado pela Polícia Federal (PF) como chefe da máfia dos pareceres , possa fazer numa eventual delação premiada com o Ministério Público. Reportagem desta sexta do jornal O Estado de S.Paulo apontou que Vieira tem dito, em conversas reservadas, que não sairá como o líder do esquema e que promete envolver gente "mais graúda".

O ex-diretor da ANA trocou de advogado esta semana e espera ainda obter do Ministério Público Federal e da Justiça um tratamento menos severo com as declarações ao mesmo tempo em que empurra para outros a posição de comando do grupo. Até o momento, as ameaças não surtiram efeito judicial.

Nesta sexta, Paulo Vieira foi apontado como líder do grupo e denunciado pelo MP pelos crimes de corrupção ativa, falsidade ideológica, falsificação de documento, tráfico de influência e formação de quadrilha. O nome do ex-diretor da ANA consta como filiado ao PT desde setembro de 2003 na lista divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

"Quem tiver qualquer coisa para dizer, a bem do Estado, que diga", afirmou o deputado federal André Vargas (PT-PR), que também é secretário de Comunicação do partido. "Não temos nenhum temor (sobre as revelações). Não há dúvida de que esse tipo de ameaça começa a lançar dúvida sobre todo mundo", criticou Vargas. "Virou moda falar isto: buscar a delação como forma de perdão para os seus pecados", ironizou o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), classificou como "estranho" esse tipo de atitude de Paulo Vieira. Para o petista, se o ex-diretor da ANA tem algo de "comprometedor" a dizer, "nessa altura do campeonato", que procure a Polícia Federal e o Ministério Público.


Walter Pinheiro disse que Vieira deveria, ao menos, esclarecer o que fez na sua passagem pelo cargo. Ele lembrou que o comportamento do ex-diretor da ANA é semelhante ao do empresário Marcos Valério, o operador do mensalão, que também já ameaçou a contar o que sabe em vários momentos desde a crise de 2005.

O senador Humberto Costa (PT-PE), ex-líder da bancada na Casa, destacou que as acusações da Operação Porto Seguro não envolvem diretamente nenhuma liderança do partido. Humberto Costa disse ainda que a investigação já está em fase adiantada na Polícia Federal, o que não impede, na opinião dele, de qualquer pessoa trazer fatos novos para a apuração.

O deputado Paulo Teixeira acredita que as ameaças do ex-diretor da ANA são uma estratégia dele para diminuir os problemas que já enfrenta com a Justiça. "É algo que não temos que ter preocupação. Se for fazer, que faça, não tem o que preocupar. Quem tem que se preocupar é ele, pelo que fez", disse.

Ficha limpa

Na quinta-feira (13), o vice-líder do PPS na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jordy (PA), apresentou à Mesa Diretora da Casa um requerimento para saber quais providências o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República adotou antes da nomeação de Paulo Vieira para a agência reguladora. Jordy quer saber se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão subordinado ao GSI, investigou Vieira antes de ele ocupar o cargo na ANA.

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O ex-diretor da ANA trocou de advogado esta semana e espera ainda obter do Ministério Público Federal e da Justiça um tratamento menos severo com as declarações ao mesmo tempo em que empurra para outros a posição de comando do grupo. Até o momento, as ameaças não surtiram efeito judicial.

Nesta sexta, Paulo Vieira foi apontado como líder do grupo e denunciado pelo MP pelos crimes de corrupção ativa, falsidade ideológica, falsificação de documento, tráfico de influência e formação de quadrilha. O nome do ex-diretor da ANA consta como filiado ao PT desde setembro de 2003 na lista divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

"Quem tiver qualquer coisa para dizer, a bem do Estado, que diga", afirmou o deputado federal André Vargas (PT-PR), que também é secretário de Comunicação do partido. "Não temos nenhum temor (sobre as revelações). Não há dúvida de que esse tipo de ameaça começa a lançar dúvida sobre todo mundo", criticou Vargas. "Virou moda falar isto: buscar a delação como forma de perdão para os seus pecados", ironizou o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), classificou como "estranho" esse tipo de atitude de Paulo Vieira. Para o petista, se o ex-diretor da ANA tem algo de "comprometedor" a dizer, "nessa altura do campeonato", que procure a Polícia Federal e o Ministério Público.


Walter Pinheiro disse que Vieira deveria, ao menos, esclarecer o que fez na sua passagem pelo cargo. Ele lembrou que o comportamento do ex-diretor da ANA é semelhante ao do empresário Marcos Valério, o operador do mensalão, que também já ameaçou a contar o que sabe em vários momentos desde a crise de 2005.

O senador Humberto Costa (PT-PE), ex-líder da bancada na Casa, destacou que as acusações da Operação Porto Seguro não envolvem diretamente nenhuma liderança do partido. Humberto Costa disse ainda que a investigação já está em fase adiantada na Polícia Federal, o que não impede, na opinião dele, de qualquer pessoa trazer fatos novos para a apuração.

O deputado Paulo Teixeira acredita que as ameaças do ex-diretor da ANA são uma estratégia dele para diminuir os problemas que já enfrenta com a Justiça. "É algo que não temos que ter preocupação. Se for fazer, que faça, não tem o que preocupar. Quem tem que se preocupar é ele, pelo que fez", disse.

Ficha limpa

Na quinta-feira (13), o vice-líder do PPS na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jordy (PA), apresentou à Mesa Diretora da Casa um requerimento para saber quais providências o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República adotou antes da nomeação de Paulo Vieira para a agência reguladora. Jordy quer saber se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão subordinado ao GSI, investigou Vieira antes de ele ocupar o cargo na ANA.

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