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PT considera 'natural' situação de Padilha em pesquisa

Emídio de Souza avalia que situação desfavorável é "natural" e diz que não espera nenhum milagre para o aumento da popularidade antes do horário eleitoral


	Ministro da Saúde, Alexandre Padilha: Emídio irá coordenar a campanha de Padilha no Estado
 (José Cruz/ABr)

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha: Emídio irá coordenar a campanha de Padilha no Estado (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 17h19.

São Paulo - O presidente eleito do PT paulista e ex-prefeito de Osasco, Emídio de Souza, avalia que a situação desfavorável do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nas pesquisas de intenção de voto na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014 é "natural" e diz que não espera nenhum milagre para o aumento da popularidade do petista antes do horário eleitoral gratuito.

Emídio, que irá coordenar a campanha de Padilha no Estado, espera uma aliança com pelo menos mais cinco partidos na disputa paulista e aposta em um racha dentro da campanha pela reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ao chegar para a reunião dos presidentes estaduais eleitos no último Processo de Eleição Direto (PED), nesta segunda-feira, 02, Emídio afirmou que um candidato novo só se tornará conhecido a partir do horário eleitoral gratuito. "Não esperamos nenhum milagre até lá. Até lá vai ser campanha de visitar organizações sociais, criar discurso adequado. Nós não temos pressa", comentou. Ele lembrou ainda que o atual prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad, "patinou em um dígito (nas pesquisas de intenção de voto) durante muito tempo até dar um salto".

"O problema não é o que você tem um ano antes da eleição é o que você vai ter na chegada, para nós está absolutamente dentro do previsto, não tem surpresa nenhuma, não tem campanha na rua, não havia porque ele estar melhor que isso", completou.

Segundo Emídio, a prioridade na aliança estadual é a união com partidos da base parlamentar do PT. "Dois partidos dessa base têm candidatos em São Paulo, que são o PMDB e o PSD, os demais estamos conversando, inclusive aqueles que são da nossa base mas que integram a base do Alckmin em São Paulo", afirmou. "O vice do Alckmin dependendo de quem ele decida pode causar descontentamentos que engordem a nossa aliança", aponta o petista. Ele mencionou, por exemplo, que há conversas constantes do PT com o deputado Campos Machado, presidente estadual do PTB e tradicional aliado de Geraldo Alckmin.

Entre os partidos que Emídio conta para a aliança com o PT em São Paulo, estão PR, PP, PCdoB, PDT, PROS. A intenção é ainda cooptar para a aliança "quem desgrudar" da união com Alckmin.

Emídio negou que já haja uma discussão sobre um nome para o candidato a vice na chapa de Padilha. "Isso são conjecturas", completou. "Queremos um perfil (de vice) que complete o Padilha, não precisamos de um militante do PT, precisamos talvez de alguém com mais entrada no empresariado, na classe média", disse.

"O que é certo é que o vice não será do PT, mas estamos em uma aliança que deve ter, no mínimo, seis partidos, então vamos abrir essa discussão no momento adequado", completou.

Kassab

A candidatura do ex-prefeito Gilberto Kassab ao governo de São Paulo, para o presidente eleito do PT-SP, "aponta e define mais a possibilidade de segundo turno no Estado". O apoio de Kassab a Padilha, nas palavras de Emídio, é sempre bem-vindo. "Mas talvez seja melhorar marcharmos juntos no segundo turno", argumentou.

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