Bruno Araújo: "o partido não vai fechar questão, mas vai fazer uma recomendação forte em apoio" (Câmara dos Deputados/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de novembro de 2017 às 14h56.
Brasília - Deputados que deixaram a reunião da Executiva Nacional do PSDB em Brasília nesta quarta-feira, 22, afirmaram que o partido não vai fechar questão para votar a favor da reforma da Previdência.
Os parlamentares tucanos estão divididos e parte deles receia ter prejuízos eleitorais no ano que vem se votar com a reforma patrocinada pelo governo Michel Temer.
"O partido não vai fechar questão, mas vai fazer uma recomendação forte em apoio", disse o ex-ministro das Cidades Bruno Araújo. "Foi uma posição consensual."
Quando um partido fecha questão, o líder da bancada orienta o voto contra ou a favor uma matéria e os deputados devem seguir a determinação, podendo ser punidos em caso de descumprimento.
O PSDB aderiu ao governo Temer defendendo a agenda de reformas econômicas para o País e depois condicionou a manutenção de seus ministros no governo ao avanço da pauta reformista.
O ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, disse que o fechamento de questão não estava na pauta da reunião. Ele se recusou a comentar se deixará o cargo na reforma ministerial, apesar de sofrer pressão da base governista para deixar o cargo.
Segundo o deputado Daniel Coelho (PE), para fechar questão a favor da reforma, seria necessária a presença da maioria da bancada na Câmara durante a reunião da Executiva Nacional.
Mas nem o líder Ricardo Tripoli (SP), que pertence à ala favorável ao desembarque do governo Temer, participou do encontro.
Ele está retornando de missão oficial na Alemanha, onde compareceu à Conferência Mundial do Clima - COP 23.