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PSDB dificilmente continuará no governo após votação, diz Torres

O secretário-geral do partido disse, entretanto, que ainda não foi definida a posição oficial do partido

Silvio Torres: "Não precisamos de cargo no governo Temer para apoiar o programa de governo" (Luis Macedo/Agência Câmara)

Silvio Torres: "Não precisamos de cargo no governo Temer para apoiar o programa de governo" (Luis Macedo/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de julho de 2017 às 18h52.

São Paulo - Depois da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara, dificilmente o PSDB continuará no governo.

A previsão foi feita pelo secretário-geral do partido, o deputado federal Silvio Torres (SP), em entrevista ao programa Estadão às Cinco, da TV Estadão, nesta segunda-feira, 24.

O parlamentar disse, entretanto, que ainda não foi definida a posição oficial do partido.

O parlamentar explicou que "a situação nos últimos 60 dias", período em que vieram à tona a delação da JBS e as gravações realizadas pelo empresário Joesley Batista, "obrigou (o partido) a fazer nova reflexão" sobre o apoio ao governo.

"Não precisamos de cargo no governo Temer para apoiar o programa de governo", defendeu o secretário-geral do PSDB.

Neste cenário, disse, a decisão sobre o encaminhamento da denúncia deve ser encarada pelos deputados como forma de garantir à sociedade brasileira "o direito de saber se o presidente está envolvido em corrupção gravíssima", o que, segundo Torres, daria um protagonismo mais autêntico ao Congresso Nacional.

Torres se mostrou favorável ao encaminhamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que será votado na próxima quarta-feira (2).

"O relator foi muito preciso na avaliação de que, em caso de dúvida sobre admissibilidade da ação, a decisão tem que ser pró-sociedade", comentou.

Mas, de acordo com o deputado, ainda não houve uma reunião do partido para tratar especificamente da posição na votação da denúncia no plenário.

"O líder (do partido na Câmara), deputado Ricardo Trípoli (SP), marcou para terça (1) ou até mesmo quarta-feira (2) uma reunião para discutir a questão", explicou.

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