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PSDB decide destituir relator de denúncia contra Temer da CCJ

Apesar de Bonifácio de Andrada não ter abdicado da relatoria, o tucano mineiro ficará fora da comissão e outro relator será indicado para a sua vaga

Bonifácio de Andrada: o impasse já dura uma semana, desde que Pacheco indicou o tucano como relator (Renato Araújo/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 14h43.

Brasília - Após mais de uma hora de reunião na manhã desta quinta-feira, 5, a cúpula do PSDB decidiu destituir o deputado Bonifácio de Andrada (MG) da vaga de suplente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Como o mineiro não abdicou da relatoria da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o partido vai sugerir ao presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que ofereça uma das vagas dos partidos aliados para abrigar Bonifácio.

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Sem uma dessas vagas, o tucano mineiro ficaria fora da comissão, o que obrigaria Pacheco a escolher outro relator.

O impasse já dura uma semana, desde que Pacheco indicou o tucano como relator. "Em função da importância do trabalho do deputado, ele [Pacheco] cederia uma vaga de seu partido, por exemplo", afirmou o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).

Tasso e o líder da bancada, deputado Ricardo Tripoli (SP), destacaram os conhecimentos jurídicos de Bonifácio, mas ponderaram que a sua permanência como relator numa vaga do PSDB causa constrangimentos e aprofunda a divisão entre os tucanos.

"Uma solução seria o desligamento do deputado [da vaga tucana] em acordo com o presidente da CCJ. Obviamente, deve ser uma vaga de um outro partido que possa [vir a] acomodá-lo [Bonifácio]. Ele, tecnicamente, em função dos conhecimentos que tem, fará o relatório. Mas não pelo PSDB", disse Tripoli.

Uma das soluções aventadas ontem foi a possibilidade de Bonifácio se licenciar oficialmente do partido, mas a medida foi descartada na reunião desta manhã.

Os tucanos ficaram incomodados com a declaração de Bonifácio na quarta-feira, em que ele disse que a Câmara era maior do que os partidos. Hoje, durante entrevista, Tasso ponderou que o parlamentar também tem vínculos partidários a respeitar. "Ele tem obrigações com o partido também", observou Tasso.

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