Deputado Carlos Sampaio: um grupo de 30 parlamentares de sete partidos (PSOL, PT, PMDB, PROS, Rede, PPS e PSB) entregou ontem uma representação na Corregedoria da Câmara pedindo a abertura de um processo disciplinar contra o presidente da Casa (Renato Araújo/ABr)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2015 às 13h11.
Brasília - O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse na manhã desta quinta-feira, 8, que o partido vai aguardar a eventual divulgação de provas contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pela Procuradoria-Geral da República, para definir a posição da legenda de apoiar ou não o afastamento dele. Sampaio negou que o PSDB esteja blindando Cunha.
"Enquanto o PGR (procurador-geral da República, Rodrigo Janot) não divulgar as provas, não confirmar as provas, não podemos conjecturar e o benefício da dúvida está a favor do presidente da Casa", disse Sampaio, em entrevista coletiva ao lado do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
O Ministério Público suíço já confirmou que Cunha mantém contas no exterior não declaradas, ao contrário do que já disse não ter.
Um grupo de 30 parlamentares de sete partidos (PSOL, PT, PMDB, PROS, Rede, PPS e PSB) entregou ontem uma representação na Corregedoria da Câmara pedindo a abertura de um processo disciplinar contra o presidente da Casa.
O líder tucano rebateu a alegação do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), de que a oposição está "fechando os olhos" para as acusações que envolvem Cunha com o objetivo de derrubar o governo.
"É o papel dele, ele está com a presidente prestes a sofrer um processo de impeachment. Cabe a ele atirar para todos os lados. Faz parte da posição dele tentar defender um governo cujo caminho do impeachment está muito claro", disse.
Para Sampaio, o impeachment é um sentimento "unânime" dentro do partido. "Agora é uma corte dizendo que houve crime de responsabilidade por parte da presidente da República, detalhe, uma posição unânime. É evidente que esta posição reforça, em muito, o pedido de impeachment", afirmou.