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PSB fala em retomar CPMF e Aécio para presidir Senado

De olho na governabilidade, o PSB levantou a hipótese de uma negociação envolvendo a presidente eleita Dilma Rousseff

Aécio tem tudo para ser o líder de oposição ao governo de Dilma Rousseff (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Aécio tem tudo para ser o líder de oposição ao governo de Dilma Rousseff (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h16.

Brasília - Com o PSB fortalecido nas urnas, líderes do partido falaram nesta quinta-feira sobre a retomada da CPMF e, sob a justificativa da governabilidade, aventaram a possibilidade de Aécio Neves, do oposicionista PSDB, vir a ser o presidente do Senado.

"Se precisar restabelecer em parte ou totalmente a CPMF, vamos fazê-lo", disse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que também preside o PSB, questionado sobre a necessidade de retorno do imposto ou da criação de uma contribuição social destinados ao financiamento da saúde, prioridade unânime entre os governadores da legenda.

"A saúde hoje é uma grave questão para os municípios e Estados", acrescentou.

De olho na governabilidade, o PSB levantou a hipótese de uma negociação envolvendo a presidente eleita Dilma Rousseff para fazer do levar Aécio à Presidência do Senado.

A possibilidade foi sugerida pelo governador do Ceará, Cid Gomes, que entende ser necessário priorizar os "temas nacionais", como saúde e segurança pública.

"A Dilma precisa fazer um gesto, estender a mão à oposição. Isso poderia ser o Aécio na Presidência do Senado", afirmou Gomes. "Quem encarna o PSDB mais radical, pelo histórico da polarização, é o Serra. O Aécio é uma pessoa de diálogo. Com isso ela teria um pacto pela governabilidade."

A ordem, no entanto, é respeitar o critério de proporcionalidade das bancadas, pelo qual a Presidência do Senado cabe ao PMDB, e ouvir os partidos da base aliada, ponderou o governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande.

A cautela é reforçada pelo presidente da legenda, para quem a discussão cabe às bancadas da Casa. "Acima do regimento e da proporcionalidade, só o entendimento político", assinalou Campos.

Cargos

Sobre a participação na futura administração federal, os líderes do PSB evitaram falar de cargos específicos.

"O PSB não pode entrar nessa. O PSB não pode ser mais um partido em busca de cargos no governo", defendeu Cid Gomes.

Já Casagrande defendeu que "a participação do PSB deve representar o crescimento do partido".

A partir de 2011, o PSB governará Pernambuco (Eduardo Campo), Espírito Santo (Renato Casagrande), Ceará (Cid Gomes), Amapá (Camilo Capiberibe), Piauí (Wilson Martins) e Paraíba (Ricardo Coutinho).

A legenda conta hoje com o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Secretaria Especial de Portos. Para vice-governador, o partido conta com Beto Grill no Rio Grande do Sul de Tarso Genro (PT).

Além de reeleger dois governadores (Campos e Gomes), o PSB elegeu outros quatro. Também conseguiu uma bancada de 35 deputados federais e três novos senadores. O partido ainda pode acrescentar João Capiberibe pelo Amapá, cuja candidatura depende de manifestação da Justiça Eleitoral.

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