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Protesto foca PT e CUT pede "exército anti-impeachment"

Manifestações deste domingo foram convocados para mais de 200 cidades do País

Manifestante grita em protesto contra o governo de Dilma Rousseff na avenida Paulista (REUTERS/Nacho Doce)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 09h19.

Brasília - Os três principais grupos que lideram a convocação para protestos contra a presidente Dilma Rousseff e o PT, no domingo, decidiram adotar três palavras de ordem em comum: "Fora corruptos", "Fora Dilma" e "Lula nunca mais".

Em paralelo, movimentos sociais voltaram a dar apoio à petista em ato no Palácio do Planalto, no qual o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, falou em ir às ruas "de armas na mão".

Os protestos deste domingo foram convocados para mais de 200 cidades do País. O alvo prioritário são o PT, Dilma e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a definição de ontem entre a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, os principais articuladores das manifestações decidiram oficialmente poupar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é investigado pela Operação Lava Jato por suspeita de ter cobrado propina do esquema de corrupção na Petrobrás.

"A questão do Eduardo Cunha não é central para nós. Ele não é o foco, mas vamos pressioná-lo pela admissibilidade dos pedidos de impeachment que estão na Câmara", disse Carla Zambelli, porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, frente que reúne dezenas de grupos anti-Dilma. Como presidente da Câmara, Cunha é quem decide se aceita ou não pedido de impeachment.

Por sua vez, os movimentos anti-Dilma já adotaram como alvo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se reaproximou do Planalto. Na noite de quarta-feira, integrantes do MBL fizeram um ato de protesto na frente da residência oficial do peemedebista.

Os grupos discordam, porém, sobre o tratamento a ser dado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por investigar autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal, como os alvos da Lava Jato.

"A lentidão do Janot no processo chama a atenção, mas não existe indicação de que ele esteja obstruindo a investigação", afirmou Rogério Chequer, do Vem Pra Rua.

‘Às armas’

Grupos pró-PT têm adotado o discurso da defesa da democracia para rechaçar movimentos pelo impeachment. Mas ontem, em solenidade no Palácio do Planalto, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, afirmou que os movimentos sociais serão o "exército" que vai "enfrentar essa burguesia".

"Recado para os golpistas: nós somos trabalhadores, trabalhamos pela democracia", discursou o sindicalista. "O que se vende é a intolerância, o preconceito de classe contra nós. Somos defensores da unidade nacional. Isso implica ir para a rua entrincheirados de armas na mão, se deitar e lutar se tentarem tirar a presidente."

Os presentes responderam com gritos de "Não vai ter golpe". Dilma ouviu as manifestações, mas não comentou o discurso de Freitas.

Em entrevista após a cerimônia, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) tampouco respondeu ao ser questionado sobre o assunto e limitou-se a dizer que o "governo não trabalha com a hipótese de impeachment".

"O governo trabalha com um ambiente de mais estabilidade, mais diálogo, especialmente com nossa base." (Pedro Venceslau e Lisandra Paraguassu)

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Brasília - Os três principais grupos que lideram a convocação para protestos contra a presidente Dilma Rousseff e o PT, no domingo, decidiram adotar três palavras de ordem em comum: "Fora corruptos", "Fora Dilma" e "Lula nunca mais".

Em paralelo, movimentos sociais voltaram a dar apoio à petista em ato no Palácio do Planalto, no qual o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, falou em ir às ruas "de armas na mão".

Os protestos deste domingo foram convocados para mais de 200 cidades do País. O alvo prioritário são o PT, Dilma e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a definição de ontem entre a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, os principais articuladores das manifestações decidiram oficialmente poupar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é investigado pela Operação Lava Jato por suspeita de ter cobrado propina do esquema de corrupção na Petrobrás.

"A questão do Eduardo Cunha não é central para nós. Ele não é o foco, mas vamos pressioná-lo pela admissibilidade dos pedidos de impeachment que estão na Câmara", disse Carla Zambelli, porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, frente que reúne dezenas de grupos anti-Dilma. Como presidente da Câmara, Cunha é quem decide se aceita ou não pedido de impeachment.

Por sua vez, os movimentos anti-Dilma já adotaram como alvo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se reaproximou do Planalto. Na noite de quarta-feira, integrantes do MBL fizeram um ato de protesto na frente da residência oficial do peemedebista.

Os grupos discordam, porém, sobre o tratamento a ser dado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por investigar autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal, como os alvos da Lava Jato.

"A lentidão do Janot no processo chama a atenção, mas não existe indicação de que ele esteja obstruindo a investigação", afirmou Rogério Chequer, do Vem Pra Rua.

‘Às armas’

Grupos pró-PT têm adotado o discurso da defesa da democracia para rechaçar movimentos pelo impeachment. Mas ontem, em solenidade no Palácio do Planalto, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, afirmou que os movimentos sociais serão o "exército" que vai "enfrentar essa burguesia".

"Recado para os golpistas: nós somos trabalhadores, trabalhamos pela democracia", discursou o sindicalista. "O que se vende é a intolerância, o preconceito de classe contra nós. Somos defensores da unidade nacional. Isso implica ir para a rua entrincheirados de armas na mão, se deitar e lutar se tentarem tirar a presidente."

Os presentes responderam com gritos de "Não vai ter golpe". Dilma ouviu as manifestações, mas não comentou o discurso de Freitas.

Em entrevista após a cerimônia, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) tampouco respondeu ao ser questionado sobre o assunto e limitou-se a dizer que o "governo não trabalha com a hipótese de impeachment".

"O governo trabalha com um ambiente de mais estabilidade, mais diálogo, especialmente com nossa base." (Pedro Venceslau e Lisandra Paraguassu)

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