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Protesto de caminhoneiros afeta abastecimento em Prudente

A greve afetou o abastecimento de frutas, verduras e legumes em Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo


	Fila de caminhões: a situação pode piorar se não houver reposição nos próximos dias
 (Tania Rego/ABr)

Fila de caminhões: a situação pode piorar se não houver reposição nos próximos dias (Tania Rego/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 13h16.

Presidente Prudente - A greve dos caminhoneiros afetou o abastecimento de frutas, verduras e legumes em Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo.

Os estoques na Ceagesp tiveram uma queda acentuada e verdura, como a acelga, acabou.

"O volume de entrada de mercadorias teve uma redução de 30% no geral em relação aos dias normais", explicou Anderson Martins Peres, de 38 anos, gerente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

A situação pode piorar se não houver reposição nos próximos dias.

"Se não repor (estoques) até o fim da semana, tende a faltar produtos", avisou o gerente, acrescentando que "a produção regional não supre o entreposto".

Cerca de 80% das mercadorias vêm do Sul do País, principalmente do Norte do Paraná.

Além de verduras e legumes, há risco de desabastecimento de frutas, como maçã, melancia e pera. Na madrugada desta quinta-feira, 26, chegaram sete caminhões do Sul do País.

"Isso é suficiente para repor o estoque por apenas dois dias. Amanhã (sexta-feira) já acaba, pois além de Prudente, a Ceagesp também atende outros municípios da região", completou Peres.

Três rodovias ocupadas

Pelo terceiro dia seguido, caminhoneiros voltaram a bloquear as Rodovias Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) e Assis Chateaubriand (SP-425).

Mais de cem caminhões estão parados em Parapuã, Pacaembu e no entroncamento das duas estradas.

"O motorista que se aproxima é convidado a aderir e, se recusar, ele volta", resumiu o cabo Evérton, da Polícia Rodoviária de Presidente Prudente.

Já na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Palmital, o protesto começou com 150 caminhoneiros por volta das 8h.

"Logo depois o número passou de 200", explicou o cabo Marcos Gonçalves Gomes, de 40 anos, da Polícia Rodoviária de Assis.

É o segundo dia de protesto e a extensão é de três km.

Caminhões e carretas bloqueiam o acostamento e a faixa da direita nos dois sentidos.

"É uma extensão de dois quilômetros e o trânsito está lento", finalizou o vigilante rodoviário.

Acordo

Governo e caminhoneiros chegaram a um acordo, assinado na madrugada desta quinta-feira, 26, por grevistas e ministros do governo Dilma Rousseff, para acabar com os bloqueios nas estradas. A proposta foi fechada depois de três rodadas de negociação.

Entretanto, o Comando Nacional do Transporte, entidade que diz também representar os caminhoneiros, postou um vídeo no Facebook em que diz não ter havido acordo.

"Vamos continuar mobilizados", disse o organizador do movimento, Ivar Luiz Schmidt, que articula a paralisação por um grupo no Whatsapp. Ele alerta que, a partir de agora, carros também serão bloqueados nas rodovias.

Segundo boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado no início da manhã desta quinta, 81 rodovias ainda estavam interditadas em seis Estados.

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