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Protesto chama a atenção para desapecidos no Rio de Janeiro

ONG chama a atenção para o problema dos desaparecimentos no Rio, em especial o caso de Amarildo Souza, morador da Rocinha desaparecido após ação policial

Manequins representam pessoas desaparecidas na praia de Copacabana durante protesto de ONG: ato foi organizado pela ONG Rio de Paz, que afirma que 34.681 pessoas desapareceram no Rio de Janeiro desde 2007 (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 12h31.

Rio de Janeiro - Dez manequis cobertos com véus brancos foram colocados sobre toalhas vermelhas nesta quarta-feira na praia de Copacabana, em um inusitado protesto para chamar a atenção sobre o problema dos desaparecimentos no Rio de Janeiro .

O chamativo protesto foi organizado pela ONG Rio de Paz, que promove atos contra a violência e que afirma que, segundo as denúncias oficiais, 34.681 pessoas desapareceram no Rio de Janeiro desde 2007.

O protesto lembrou principalmente o caso de Amarildo Souza, um operário de construção que morava na Rocinha e que está desaparecido desde 14 de julho, quando foi conduzido a uma delegacia de polícia após supostamente ter sido confundido com um narcotraficante.

A polícia alega que o operário foi liberado no mesmo dia e seus parentes afirmam que ele nunca saiu da delegacia.

Este desaparecimento vem sendo insistentemente denunciado nas redes sociais, onde o perfil "Onde está Amarildo" ganhou milhares de seguidores tanto no Facebook como no Twitter.

O caso do operário também é repetidamente citado pelos manifestantes que desde o mês passado saem às ruas várias vezes por semana para exigir a renúncia do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

A maioria destes protestos se concentraram em frente a residência particular do governador e algumas acabaram em vioentos enfrentamentos com a polícia.

Os manequins foram expostos nas areias de Copacabana frente ao hotel Copacabana Palace, um dos mais luxuosos do Brasil, e as poucas ruas do local na praia em que foi construído o altar no qual o papa Francisco celebrou uma missa para mais de três milhões de pessoas no domingo passado no Rio de Janeiro


Segundo Antonio Carlos Costa, diretor-executivo do Rio de Paz, os véus brancos simbolizam a incerteza dos parentes dos desaparecidos e o vermelho do sangue dos que provavalmente foram vítimas da violência.

"O caso de Amarildo é emblemático. Estivemos na Rocinha e percebemos que as pessoas estão com medo de falar sobre o ocorrido", assegurou o militante.

A exibição foi mantida por cerca de três horas até as 10h30 (horário de Brasília), quando foi realizado um enterro simbólico dos manequins para representar os desaparecidos que foram assassinados e ocultados em cemitérios clandestinos.

"Sempre buscamos formas chamativas de mostrar à população o que está ocorrendo. Sabemos que o número de desaparecidos é maior devido aos muitos casos que não são denunciados à polícia. Nossa principal reivindicação é que todos os casos sejam investigados", assegurou Costa.

Em novos protestos, a Rio de Paz colocou nas areias de Copacabana milhares de vassouras para protestar contra a corrupção, além de ter enterrado centenas de cruzes para chamar a atenção sobre os assassinato na cidade e para mostrar as más condições nas quais vivem muitas pessoas na segunda maior metrópole do Brasil.

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Rio de Janeiro - Dez manequis cobertos com véus brancos foram colocados sobre toalhas vermelhas nesta quarta-feira na praia de Copacabana, em um inusitado protesto para chamar a atenção sobre o problema dos desaparecimentos no Rio de Janeiro .

O chamativo protesto foi organizado pela ONG Rio de Paz, que promove atos contra a violência e que afirma que, segundo as denúncias oficiais, 34.681 pessoas desapareceram no Rio de Janeiro desde 2007.

O protesto lembrou principalmente o caso de Amarildo Souza, um operário de construção que morava na Rocinha e que está desaparecido desde 14 de julho, quando foi conduzido a uma delegacia de polícia após supostamente ter sido confundido com um narcotraficante.

A polícia alega que o operário foi liberado no mesmo dia e seus parentes afirmam que ele nunca saiu da delegacia.

Este desaparecimento vem sendo insistentemente denunciado nas redes sociais, onde o perfil "Onde está Amarildo" ganhou milhares de seguidores tanto no Facebook como no Twitter.

O caso do operário também é repetidamente citado pelos manifestantes que desde o mês passado saem às ruas várias vezes por semana para exigir a renúncia do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

A maioria destes protestos se concentraram em frente a residência particular do governador e algumas acabaram em vioentos enfrentamentos com a polícia.

Os manequins foram expostos nas areias de Copacabana frente ao hotel Copacabana Palace, um dos mais luxuosos do Brasil, e as poucas ruas do local na praia em que foi construído o altar no qual o papa Francisco celebrou uma missa para mais de três milhões de pessoas no domingo passado no Rio de Janeiro


Segundo Antonio Carlos Costa, diretor-executivo do Rio de Paz, os véus brancos simbolizam a incerteza dos parentes dos desaparecidos e o vermelho do sangue dos que provavalmente foram vítimas da violência.

"O caso de Amarildo é emblemático. Estivemos na Rocinha e percebemos que as pessoas estão com medo de falar sobre o ocorrido", assegurou o militante.

A exibição foi mantida por cerca de três horas até as 10h30 (horário de Brasília), quando foi realizado um enterro simbólico dos manequins para representar os desaparecidos que foram assassinados e ocultados em cemitérios clandestinos.

"Sempre buscamos formas chamativas de mostrar à população o que está ocorrendo. Sabemos que o número de desaparecidos é maior devido aos muitos casos que não são denunciados à polícia. Nossa principal reivindicação é que todos os casos sejam investigados", assegurou Costa.

Em novos protestos, a Rio de Paz colocou nas areias de Copacabana milhares de vassouras para protestar contra a corrupção, além de ter enterrado centenas de cruzes para chamar a atenção sobre os assassinato na cidade e para mostrar as más condições nas quais vivem muitas pessoas na segunda maior metrópole do Brasil.

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