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Promotores pedem 70 anos para assassinos de ativistas

No banco dos réus estão José Rodrigues Moreira, apontado como mandante do crime, Alberto Lopes Nascimento e Lindonjonson Silva Rocha, executores do crime


	Justiça: o julgamento começou no Fórum de Justiça de Marabá, cujos arredores se concentram dezenas de ativistas do Movimento dos Sem-Terra (MST).
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Justiça: o julgamento começou no Fórum de Justiça de Marabá, cujos arredores se concentram dezenas de ativistas do Movimento dos Sem-Terra (MST). (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 14h36.

Marabá - Promotores brasileiras pediram nesta quarta-feira 70 anos de prisão para os três acusados de assassinar, em 2011, um casal de ativistas defensores da Amazônia no estado do Pará, no início do julgamento pelo duplo homicídio.

No banco dos réus estão José Rodrigues Moreira, apontado como mandante do crime, Alberto Lopes Nascimento e Lindonjonson Silva Rocha, executores do crime. Os três respondem por homicídio com agravantes.

O crime ocorreu em 24 de maio de 2011, quando José Claudio Ribeiro da Silva e sua esposa, Maria do Espírito Santo da Silva, foram baleados dentro do Projeto AgroExtrativista (Paex) Praialta- Piranheira, uma reserva ambiental amazônica próxima da cidade de Marabá, onde nesta quarta começou o julgamento, que deve durar dois dias.

Segundo o Ministério Público do Pará, autor da denúncia, o motivo do assassinato foi uma disputa de terras porque Moreira tinha comprado alguns lotes dentro do Projeto Extrativista, cujo casal se opunha à venda e por isso começaram a receber ameaças.

"José Rodrigues planejou, organizou e financiou o duplo homicídio", diz a denúncia.

O julgamento começou no Fórum de Justiça de Marabá, cujos arredores se concentram dezenas de ativistas do Movimento dos Sem-Terra (MST) com cruzamentos de madeira que representavam os mortos pela violência no campo.

Na primeira parte do julgamento, que conta com a presença de ONGs internacionais, prestaram depoimento dois irmãos de Maria, que afirmaram que o casal recebia constantes ameaças e que três meses antes de serem assassinados, contaram o que estava acontecendo.

Nesta quarta, o júri popular, formado por sete pessoas, escutará, além disso, palavras das 20 testemunhas chamadas pelo Ministério Público e advogados de defesa dos acusados. 

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