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Promotor chama defesa de Bruno de "irresponsável"

Advogados do réu a levantarem a possibilidade de anulação do júri que condenou o jogador porque uma das juradas é suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas


	Bruno: ex-goleiro do Flamengo foi condenado a 22 anos e três meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho.
 (REUTERS / Pedro Vilela)

Bruno: ex-goleiro do Flamengo foi condenado a 22 anos e três meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho. (REUTERS / Pedro Vilela)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 22h56.

Belo Horizonte - Após a suspeita de que uma das juradas que participou do julgamento do goleiro Bruno Fernandes tenha envolvimento com o tráfico de drogas, o que motivou os advogados do réu a levantarem a possibilidade de anulação do júri que condenou o jogador, o promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcellos acusou nesta quinta-feira, 18, a defesa de "irresponsável". Em nota, o promotor esclareceu que "a jurada não foi presa em flagrante delito. Ela foi conduzida à delegacia de polícia e liberada".

Segundo Henry, "ainda que, em tese, ela estivesse cometendo o delito, durante a escolha dos jurados ela não tinha antecedente criminal" e ainda "passou pelo crivo de todas as partes, e todas aceitaram a moça para função". O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou que a ficha da jurada estava limpa na época do julgamento de Bruno e que, caso haja alguma solicitação por parte dos advogados de defesa, o que ainda não ocorreu, o tribunal vai analisar a questão, mas é improvável uma anulação, embora não seja totalmente descartada.

Vasconcellos afirma ainda que a defesa não tem como dizer que o voto dela influenciou a condenação do ex-goleiro do Flamengo, "porque não há como saber o seu voto". Para ele, os defensores são irresponsáveis também ao "adiantar a culpa de Clécia Marise", porque ela ainda será investigada pela Polícia Civil e só após o término das investigações a promotoria irá se manifestar.

A reportagem tentou contato com os advogados de defesa de Bruno, Tiago Lenoir e Lúcio Adolfo, mas eles não retornaram aos recados deixados em suas caixas postais. Clécia Marise foi presa no dia 5 de abril no bar onde trabalha, após uma denúncia anônima. No local, os policiais encontraram cinco cápsulas de cocaína e uma lista com supostos nomes de usuários. A mulher foi encaminhada à delegacia, mas liberada porque não foi caracterizado flagrante.

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