Brasil

“Projeto anticorrupção será lapidado”, diz deputado petista

Se o projeto contra a corrupção voltar à estaca zero na Câmara, o texto será novamente mudado para "retomar o equilíbrio", disse deputado

Teixeira: O pacote foi aprovado pelos deputados com uma série de emendas que descaracterizaram pontos do projeto original (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Teixeira: O pacote foi aprovado pelos deputados com uma série de emendas que descaracterizaram pontos do projeto original (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 20h46.

Brasília - O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou nesta sexta-feira, 16, que se o projeto das 10 medidas contra a corrupção voltar à estaca zero na Câmara, o texto será novamente mudado para "retomar o equilíbrio" e evitar o que chama de abuso na forma como foram concebidas e encaminhadas pelo Ministério Público Federal, com a assinatura de 2 milhões de pessoas.

A Mesa da Câmara dos Deputados entrou nesta sexta-feira com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Luiz Fux, que determinou a devolução à Câmara do projeto com medidas anticorrupção - a proposta terá de ser analisada novamente da estaca zero.

O pacote foi aprovado pelos deputados na madrugada do dia 30 de novembro com uma série de emendas que descaracterizaram pontos do projeto original e encaminhado ao Senado.

A Mesa da Casa quer que Fux reconsidere sua decisão liminar ou que submeta a apreciação do recurso ao plenário do STF. "As dez medidas, tal qual elas foram colocadas, desequilibravam a relação entre acusação e defesa e deixavam um direito penal altamente autoritário", disse Teixeira. "Se voltar à estaca zero, eu não tenho dúvida que nós vamos retomar o equilíbrio", completou.

O deputado prefere que o tema do abuso de autoridade não seja colocado no pacote. Para ele, a Câmara deve, novamente, alterar o texto enviado pelo MPF. "Se voltar, vamos aprovar um projeto equilibrado. Qualquer retorno passará por uma lapidação, já que há um abuso na forma como foram concebidas aquelas medidas", disse o deputado, que participou na cerimônia de sepultamento do corpo do cardeal d. Paulo Evaristo Arns, na Catedral da Sé.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, esteve na cerimônia representando o presidente Michel Temer, mas não falou com a imprensa. Ao lado dele, estavam o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, o prefeito eleito João Doria e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O ex-senador e secretário de Assuntos Estratégicos do Paraná, Flávio Arns, sobrinho de dom Paulo, também estava no velório acompanhado de familiares.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Prefeito de BH, Fuad Noman passa por traqueostomia e está consciente

Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu entre os setores industriais em 2024

AGU notifica Meta sobre decisão que encerra checagem de fatos nos EUA para saber planos para Brasil

Corpo de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris é encontrado no Rio Sena