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Programa de Haddad estreia com Lula criticando Serra

Ex-presidente afirmou que na disputa há um "prefeito que não gosta de cumprir o mandato"

Lula fazendo campanha pelo seu candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (Reprodução/YouTube)

Lula fazendo campanha pelo seu candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (Reprodução/YouTube)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 09h16.

São Paulo - O candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, estreou na manhã desta quarta-feira na propaganda eleitoral gratuita de rádio, exibida entre 7h e 7h30, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva partindo para o ataque contra o candidato do PSDB, José Serra. Sem citar o nome do tucano, Lula afirmou que na disputa há um "prefeito que não gosta de cumprir o mandato" e lembrou que, entre 2005 e 2006, durante a administração serrista na Prefeitura, o governo federal não conseguiu implantar na cidade o ProJovem, programa federal de educação profissional para jovens. "Não sei por que quer ser prefeito de novo", provocou Lula.

Seguindo o mesmo modelo de programa jornalístico adotado para os vereadores, exibido pela primeira vez na terça-feira, o PT usou dois narradores que dividiram as atenções com o ex-presidente Lula. Haddad ficou em segundo plano, falando sobre propostas de governo.

O tucano José Serra optou por não fazer ataques. Mostrou o que já fez por São Paulo e o que pretende fazer, caso eleito. O PSDB também usou moldes jornalísticos no programa, com dois apresentadores e falas do candidato. Serra citou a importância de parcerias com o governador Geraldo Alckmin, seu correligionário, para a realização de obras na cidade.

Já o candidato do PMDB, Gabriel Chalita, criticou tanto tucanos quanto petistas. Para ele, quando o PT esteve no poder não existiu parceria com o governo estadual, nas mãos do PSDB. Quando os tucanos estiveram no poder, não houve acordo com o governo federal, comandado por petistas. Ele também comentou os problemas da cidade usando depoimentos de populares.

Celso Russomanno (PRB) fez um programa com tom emotivo, agradecendo à população pelas intenções de voto que o colocam na liderança das pesquisas, e pregou "afeto" e "carinho" com o povo de São Paulo.

Soninha Francine (PPS) ressaltou seu lado "ecológico", com suas filhas falando da sua preferência por andar de bicicleta em vez de carro. O programa foi embalado por um blues tocado em uma gaita. Não foram usados jingles. Paulinho da Força (PDT) ressaltou sua história de luta pelos direitos dos trabalhadores.

Entre os nanicos, Carlos Giannazi (PSOL) fez o programa ao som de um rap e criticou os "velhos políticos" com roupagem nova, mas não citou nomes. Levy Fidelix (PRTB) afirmou que suas ideias, como o aerotrem e o rodoanel viário, foram "copiadas" pelos adversários.


Ana Luiza de Figueiredo (PSTU) criticou o sistema de transporte público na cidade e propôs estatização. Seu programa, o primeiro a ser exibido, terminou com uma provocação, "Fiquem agora com os partidos que só prometem", mas não repetiu o bordão "Contra burguês vote 16".

Miguel Manso (PPL) criticou a administração "privatista" dos tucanos, elogiou Lula e criticou a presidente Dilma Rousseff por ter "saído dos rumos". Eymael (PSDC) prometeu a criação de uma Universidade Municipal e o PCO, de Anaí Caproni, bradou contra a realização de eleições, dizendo que "precisamos de uma mobilização popular para romper com a ditadura (do capitalismo)".

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