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Professores do Ceará encerram greve de 107 dias

Iniciada em 25 de abril, a greve ocorreu após os profissionais não receberem proposta de reajuste pelo governo do estado

Professores: iniciada em 25 de abril, a greve ocorreu após os profissionais não receberem proposta de reajuste pelo governo do estado (Pedro Ribas/ ANPr)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2016 às 21h17.

Os professores da rede estadual do Ceará decidiram encerrar a greve da categoria após 107 dias. Em assembleia feita hoje (9) em Fortaleza, o Sindicato dos Professores e Servidores do Ceará (Apeoc) anunciou o fim do movimento após votação que reuniu cerca de 2 mil professores.

Segundo o presidente da entidade, Anízio Melo, as negociações com a Secretaria da Educação (Seduc) resultaram em ganho médio de 9% na remuneração dos professores, além de compromissos de melhorias nas estruturas das escolas e na merenda escolar.

Essas duas reivindicações também foram encampadas por alunos da rede estadual, que promoveram ocupações em escolas da capital e dos municípios do interior.

“A proposta aceita não foi satisfatória, nós queríamos mais, mas decidimos encerrar a greve pelo contexto das condições de uma greve de mais de cem dias, do refluxo das escolas, da necessidade dos estudantes e do pleito dos pais. Também finalizamos a paralisação para que o governo do estado não tenha desculpa para não implementar a nova carreira dos professores”.

Em nota, a Seduc informa que cerca de R$ 140 mil foram destinados a benefícios para os professores e para as escolas e que está assegurada a assinatura do decreto que regulamenta o novo modelo de carreira do magistério.

Iniciada em 25 de abril, a greve ocorreu após os profissionais não receberem proposta de reajuste pelo governo do estado. A data-base da categoria é 1º de janeiro e era exigido aumento de 12,67%.

Oposição

Professores que fazem oposição ao sindicato não aceitam a decisão tomada durante a assembleia. Após a votação e o anúncio de encerramento da greve, houve confusão entre os presentes.

O professor Luiz Fabrício, que faz parte do movimento de oposição, diz que a maioria das pessoas na assembleia votaram pela manutenção da greve, mas o presidente da Apeoc declarou a paralisação encerrada à revelia da contagem dos votos.

“O presidente do sindicato declarou que a greve estava encerrada sem nem mesmo contabilizar os votos. O correto seria pegar os crachás ou separar o grupo, com a parte a favor indo para um lado e a parte contrária, para o outro – algum mecanismo que fosse rápido para saber qual a decisão da assembleia. No entanto, o presidente, autoritariamente, declarou encerrada da greve, o que causou um sentimento de ira.”

Anízio Melo disse que repudia a confusão gerada na assembleia e que a entidade sempre vai valorizar a decisão da maioria. “Esperamos que esses fatos melancólicos possam ser uma lição para toda a categoria.”

A Seduc informa que o retorno às aulas nas escolas em greve será imediato. Segundo a secretaria, o semestre letivo começou no dia 1º de agosto com 91% das escolas do estado funcionando normalmente.

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Os professores da rede estadual do Ceará decidiram encerrar a greve da categoria após 107 dias. Em assembleia feita hoje (9) em Fortaleza, o Sindicato dos Professores e Servidores do Ceará (Apeoc) anunciou o fim do movimento após votação que reuniu cerca de 2 mil professores.

Segundo o presidente da entidade, Anízio Melo, as negociações com a Secretaria da Educação (Seduc) resultaram em ganho médio de 9% na remuneração dos professores, além de compromissos de melhorias nas estruturas das escolas e na merenda escolar.

Essas duas reivindicações também foram encampadas por alunos da rede estadual, que promoveram ocupações em escolas da capital e dos municípios do interior.

“A proposta aceita não foi satisfatória, nós queríamos mais, mas decidimos encerrar a greve pelo contexto das condições de uma greve de mais de cem dias, do refluxo das escolas, da necessidade dos estudantes e do pleito dos pais. Também finalizamos a paralisação para que o governo do estado não tenha desculpa para não implementar a nova carreira dos professores”.

Em nota, a Seduc informa que cerca de R$ 140 mil foram destinados a benefícios para os professores e para as escolas e que está assegurada a assinatura do decreto que regulamenta o novo modelo de carreira do magistério.

Iniciada em 25 de abril, a greve ocorreu após os profissionais não receberem proposta de reajuste pelo governo do estado. A data-base da categoria é 1º de janeiro e era exigido aumento de 12,67%.

Oposição

Professores que fazem oposição ao sindicato não aceitam a decisão tomada durante a assembleia. Após a votação e o anúncio de encerramento da greve, houve confusão entre os presentes.

O professor Luiz Fabrício, que faz parte do movimento de oposição, diz que a maioria das pessoas na assembleia votaram pela manutenção da greve, mas o presidente da Apeoc declarou a paralisação encerrada à revelia da contagem dos votos.

“O presidente do sindicato declarou que a greve estava encerrada sem nem mesmo contabilizar os votos. O correto seria pegar os crachás ou separar o grupo, com a parte a favor indo para um lado e a parte contrária, para o outro – algum mecanismo que fosse rápido para saber qual a decisão da assembleia. No entanto, o presidente, autoritariamente, declarou encerrada da greve, o que causou um sentimento de ira.”

Anízio Melo disse que repudia a confusão gerada na assembleia e que a entidade sempre vai valorizar a decisão da maioria. “Esperamos que esses fatos melancólicos possam ser uma lição para toda a categoria.”

A Seduc informa que o retorno às aulas nas escolas em greve será imediato. Segundo a secretaria, o semestre letivo começou no dia 1º de agosto com 91% das escolas do estado funcionando normalmente.

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