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Produção de petróleo no país cresce 4,2% em 2017

A produção cresceu pelo quarto ano consecutivo, e atingiu 2,6 milhões de barris por dia em 2017

Pré-sal: crescimento foi liderado pela elevação da produção nos campos do pré-sal, que alcançou a média de diária de 1,3 milhão de barris por dia no ano, cerca de 50% da produção nacional (David McNew/Getty Images)

Pré-sal: crescimento foi liderado pela elevação da produção nos campos do pré-sal, que alcançou a média de diária de 1,3 milhão de barris por dia no ano, cerca de 50% da produção nacional (David McNew/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de junho de 2018 às 14h15.

Última atualização em 29 de junho de 2018 às 14h18.

A produção nacional de petróleo cresceu pelo quarto ano consecutivo, atingindo 2,6 milhões de barris por dia em 2017, um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. A informação é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que divulgou hoje (29) os dados consolidados do setor, relativos ao ano passado.

Segundo o relatório, o crescimento da produção de petróleo foi liderado pela elevação da produção nos campos do pré-sal, que alcançou a média de diária de 1,3 milhão de barris por dia no ano, cerca de 50% da produção nacional.

Já a produção diária de gás natural em 2017 foi de 109,910 milhões de metros cúbicos, um crescimento de 5,9%, em relação a 2016. Mais uma vez houve participação expressiva dos campos do pré-sal, que no ano passado respondeu por 45,3% de todo o gás extraído nos campos do país.

Em consequência do aumento da produção nacional, o país reduziu sua necessidade de importação de petróleo no ano passado em 16,4%. Foram importados, em média,149,2 mil barris por dia. Por outro lado, as exportações alcançaram o maior valor da série histórica: 996,6 mil barris por dia, um aumento anual de 24,8%.

Refino

Apesar do aumento na produção de petróleo e gás natural, o país fechou o ano com queda no desempenho do seu parque de refino. Os dados do anuário da ANP indicam que a produção de derivados nas refinarias do país caiu 3,7%, em relação a 2016, atingindo 1,9 milhão de barris por dia, o equivalente a 76,2% da capacidade instalada do Parque Nacional de Refino.

Em consequência, houve um crescimento de 26,1% no volume de importações de derivados para atender à demanda interna, que foi de 615,7 mil barris por dia. Aliado ao aumento dos preços internacionais, em decorrência da alta do barril de petróleo no mercado externo, o dispêndio com a importação de derivados, principal óleo diesel, aumentou 57,5%.

Outro ponto destacado pela agência reguladora foi o crescimento de 1,3% nas vendas de derivados pelas distribuidoras, depois de dois anos consecutivos de queda. Os destaques foram para as vendas da gasolina tipo C e do óleo combustível, com crescimento de, respectivamente, 2,6% e 1,6%, respectivamente.

No setor de biocombustíveis, a produção de etanol manteve-se praticamente estável e a produção de biodiesel foi 12,9% superior ao ano anterior, em decorrência, principalmente, do aumento do teor de mistura no óleo diesel para 8%.

Retomada das rodadas

A ANP ressaltou o fato de que 2017 foi um ano marcado pela retomada das rodadas de licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural. Foram realizadas a 14ª Rodada no modelo de concessão, com arrecadação em bônus de assinatura de mais de R$ 3,8 bilhões; a 2ª e a 3ª Rodadas de Partilha que, juntas, arrecadaram R$ 6,2 bilhões, além da 4ª Rodada de Licitações de Áreas com Acumulações Marginais.

O montante gerado de participações governamentais atingiu R$ 30,5 bilhões em 2017, sendo R$ 15,3 bilhões em royalties e R$ 15,2 bilhões em participação especial, valores superiores ao ano anterior de, respectivamente, 29,4% e 156,2%.

O volume de obrigações da cláusula dos contratos de concessão, partilha e cessão onerosa, relativas aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação foi de R$ 1,3 bilhão em 2017, crescimento de 49,1% em relação ao ano anterior.

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