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Procurador quer detalhes sobre depoimento de Valério

Elias Rosa quer saber detalhes do depoimento do operador do mensalão para avaliar se o convoca para falar sobre o esquema de corrupção da gestão de Celso Daniel

Marcos Valério: em 2006, os promotores do ABC abriram um procedimento, no qual pretendiam ouvir Valério e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) (Cristiano Mariz/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 08h17.

São Paulo - O procurador-geral de Justiça de São Paulo , Márcio Elias Rosa, vai fazer consulta formal à Procuradoria-Geral da República acerca do relato do empresário Marcos Valério que, em setembro, disse ter informações sobre o caso Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André assassinado em 2002.

Elias Rosa quer saber detalhes do depoimento do operador do mensalão para avaliar se o convoca para falar sobre o esquema de corrupção que se instalou na gestão do petista.

Em 2006, os promotores do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) no ABC abriram o procedimento 1/06, no qual pretendiam ouvir Valério e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). A iniciativa esbarrou em liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau, hoje aposentado.

Eros verificou que a investigação fora instaurada "com base na mesma prova declarada processualmente imprestável por decisão de mérito deste Tribunal" - em 2002, o então ministro do STF Nelson Jobim já havia decretado arquivamento do procedimento 1.828 sob argumento de que "por ouvir dizer" o Ministério Público não poderia investigar Dirceu.

"Deferi a liminar a fim de que fosse suspenso o procedimento administrativo criminal, mas mandei que fossem prestadas informações, no prazo da lei, após o que voltaria a reapreciar a reclamação", disse Eros, que deixou a corte em 2010 - todo o seu acervo de processos foi herdado pelo ministro Luiz Fux. Em 10 de agosto, Fux encaminhou a reclamação para apreciação da PGR.

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Elias Rosa quer saber detalhes do depoimento do operador do mensalão para avaliar se o convoca para falar sobre o esquema de corrupção que se instalou na gestão do petista.

Em 2006, os promotores do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) no ABC abriram o procedimento 1/06, no qual pretendiam ouvir Valério e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). A iniciativa esbarrou em liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau, hoje aposentado.

Eros verificou que a investigação fora instaurada "com base na mesma prova declarada processualmente imprestável por decisão de mérito deste Tribunal" - em 2002, o então ministro do STF Nelson Jobim já havia decretado arquivamento do procedimento 1.828 sob argumento de que "por ouvir dizer" o Ministério Público não poderia investigar Dirceu.

"Deferi a liminar a fim de que fosse suspenso o procedimento administrativo criminal, mas mandei que fossem prestadas informações, no prazo da lei, após o que voltaria a reapreciar a reclamação", disse Eros, que deixou a corte em 2010 - todo o seu acervo de processos foi herdado pelo ministro Luiz Fux. Em 10 de agosto, Fux encaminhou a reclamação para apreciação da PGR.

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